Bombeiros militares de Minas Gerais, experientes em desastres como o de Brumadinho e Mariana, chegaram na manhã desta segunda-feira na cidade de Beira, em Moçambique, no continente africano, para missão humanitária.
A tropa chega ao país e deve ficar por 15 dias para ajudar nas ações de busca e salvamento após o território ter sido devastado pelo ciclone Idai. O ciclone atingiu, além de Moçambique, o Zimbabué e Malawi. Mais de 2,5 milhões foram diretamente afetadas e as inundações decorrentes do fenômeno atingiram também Madagascar e a África do Sul. Os ventos chegaram a 200 km/h.
A tropa mineira embarcou na última sexta-feira com 8,9 toneladas de alimentos e equipamentos. Passaram em Recife para a troca da tripulação e abastecimento. Depois, fizeram parada em Gana e seguiram para Luanda (capital da Angola), onde passaram a noite. Nesta segunda, seguiram para Moçambique.
Os 20 militares do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, acompanhados de 20 homens da Força Nacional Brasileira (FNB), pousaram no Aeroporto Internacional de Beira, às 12h48 do horário local, 7h48 horário de Brasília. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a tropa chegou bem e foi recebida pelo Coronel de Artilharia Moisés da Paixão Júnior, do Exército Brasileiro, e pelo Ministro Embaixador, Carlos Alfonso Iglesias Puente.
Operação Moçambique
Comandante das operações em Moçambique, o major Rafael Rosendey ressaltou que os trabalhos serão apoiados por duas caminhonetes, dois botes e de equipamentos especializados para a situação do país africano. “São ferramentas leves. Nós não sabemos o que vamos encontrar, mas são equipamentos muito eficientes. Ferramentas de corte e específicas para trabalhar com estruturas colapsadas e em enchentes e inundações” destacou.
De acordo com a corporação, a equipe é especialista em diversos procedimentos, como doutrinas de Salvamento em Soterramentos, Enchentes e Inundações (SSEI), Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC), Operações Aéreas (OA). O fenômeno natural já deixou mais de 700 mortos em todo o continente africano. Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) também integram o grupo de ajuda humanitária brasileira. (Com informações de Gabriel Ronan)
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.