
Bombeiros militares de Minas Gerais, experientes em desastres como o de Brumadinho e Mariana, chegaram na manhã desta segunda-feira na cidade de Beira, em Moçambique, no continente africano, para missão humanitária.
A tropa chega ao país e deve ficar por 15 dias para ajudar nas ações de busca e salvamento após o território ter sido devastado pelo ciclone Idai. O ciclone atingiu, além de Moçambique, o Zimbabué e Malawi. Mais de 2,5 milhões foram diretamente afetadas e as inundações decorrentes do fenômeno atingiram também Madagascar e a África do Sul. Os ventos chegaram a 200 km/h.
A tropa mineira embarcou na última sexta-feira com 8,9 toneladas de alimentos e equipamentos. Passaram em Recife para a troca da tripulação e abastecimento. Depois, fizeram parada em Gana e seguiram para Luanda (capital da Angola), onde passaram a noite. Nesta segunda, seguiram para Moçambique.

Operação Moçambique
Comandante das operações em Moçambique, o major Rafael Rosendey ressaltou que os trabalhos serão apoiados por duas caminhonetes, dois botes e de equipamentos especializados para a situação do país africano. “São ferramentas leves. Nós não sabemos o que vamos encontrar, mas são equipamentos muito eficientes. Ferramentas de corte e específicas para trabalhar com estruturas colapsadas e em enchentes e inundações” destacou.
De acordo com a corporação, a equipe é especialista em diversos procedimentos, como doutrinas de Salvamento em Soterramentos, Enchentes e Inundações (SSEI), Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC), Operações Aéreas (OA). O fenômeno natural já deixou mais de 700 mortos em todo o continente africano. Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) também integram o grupo de ajuda humanitária brasileira. (Com informações de Gabriel Ronan)

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.