A dengue avança por Minas Gerais em ritmo acelerado. O número de casos prováveis da doença já ultrapassou 81,4 mil em 2019. O número já é 47,2% superior a soma dos registros dos dois últimos anos. As mortes também aumentaram. Já são sete óbitos em decorrência da enfermidade confirmados. Outros 29 estão sendo investigados.
O estado passa por um ano com tendências epidêmicas. Os casos prováveis vêm aumentando significativamente nesses primeiros três meses. Em janeiro, foram 17.555. No mês seguinte, os registros aumentaram. No 28 dias de fevereiro, foram 32.233 notificações da doença. Neste mês, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) já registrou 31.668 casos prováveis.
A situação requer atenção da população e das autoridades de saúde. A série histórica da doença mostra que março e abril são os períodos em que há uma explosão de casos prováveis da dengue. Nas últimas quatro semanas, segundo a SES/MG, 59 municípios estão com incidência muito alta de casos prováveis de dengue, 52 apresentam incidência alta e 93 municípios com média incidência. Outros 305 municípios estão com baixa incidência e 344 municípios não registraram casos prováveis.
As mortes também vêm aumentando. Mais um óbito foi confirmado pela pasta. Os moradores que perderam a vida em decorrência da moléstia são de Arcos, na Região Centro-Oeste de Minas, Betim, na Grande BH, Passos, na Região Sul, Paracatu, Região Noroeste, dois em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e dois de Unaí, no Noroeste do estado. Ainda há 29 mortes sendo investigadas. No ano passado, foram 11 mortes confirmadas. Outras dez seguem em apuração.
“A SES-MG esclarece que um registro maior de casos é esperado para este período (meses quentes e chuvosos) devido à sazonalidade da doença. Dessa forma, o estado está em situação de alerta para esse aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo Aedes (dengue, chikungunya e zika)”, afirmou.
Chikungunya e ZiKa
Outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti também apresentam alta em Minas. Já foram registrados, neste ano, 966 casos prováveis de febre chikungunya. Entre eles, 36 gestantes, sendo três confirmações. Em 2018, foram 11.761 notificações e duas mortes confirmadas. Uma morte ainda está sendo investigada. Não tem registro de óbitos pela enfermidade em 2019.
No caso da zika, foram registrados 319 casos prováveis da doença neste ano. Entre eles, 85 gestantes. Onze gestantes tiveram a confirmação da doença. No ano passado, foram 168 casos prováveis da doença.