A Polícia Militar (PM) identificou um suspeito de alterar as placas de rota de fuga em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas Gerais. Ele foi levado para prestar depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Santa Bárbara e afirmou que tudo não passou de uma brincadeira.
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Simulado de rompimento de barragem em São Gonçalo do Rio Abaixo teve público acima do esperado Justiça proíbe operação de barragens da Vale em Nova Lima, Ouro Preto e São Gonçalo do Rio AbaixoVale terá que pagar pensão a dependentes de funcionários mortos em tragédia de BrumadinhoVale assina acordo para minimizar impactos fiscais em municípios mineradores“A condução desse indivíduo foi muito importante para que essa resposta possa efetivamente dar também uma informação àqueles que de alguma forma se arvorarem a qualquer tipo de prática semelhante, de que a Polícia Militar não permitirá esse tipo de situação”, afirmou Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais.
As placas foram instaladas na cidade para orientar sobre os pontos de fuga em caso de rompimento da barragem Sul Superior na Mina de Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) solicitou que a Polícia Militar (PM) reforce o patrulhamento para impedir este tipo de ato. Nesta quarta-feira, a população da cidade, que pode ser atingida pelos rejeitos de minério em caso de ruptura do reservatório, participa de um simulado de emergência.
As placas de orientação sobre a rota de fuga e os pontos de encontro foram instaladas na cidade devido a mudança do status de segurança da barragem. Em 19 de março, ela passou para nível 3 – último estágio antes da ruptura. Porém, alguns vândalos fizeram a inversão de direção de alguns dos objetos. “Moradores trocaram placas e inverteram a direção. Este tipo de ação só prejudica a comunidade. Quando faz a instalação de placas, é para a segurança. Então, a população tem que ser fiscal e cuidar das placas”, explicou o capitão Herbert Aquino Marcelino, diretor de resposta a desastre da Cedec.
Depois da denúncia, agentes da Defesa Civil municipal fizeram um boletim de ocorrência para registrar o caso. Nessa segunda-feira, eles percorreram, junto com policiais, os locais para verificar se as informações das placas estavam corretas. “Pedimos à PM o acompanhamento mais próximo desta situação”, comentou o capitão.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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