A insegurança decorrente dos riscos das barragens foi pauta de uma audiência pública, nesta quarta-feira, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Um dos principais pontos discutidos foi a adoção do método “siga e pare" na BR-356, que desencadeou diversas reclamações de moradores da Itabirito, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O uso do sistema "siga e pare" – com uma parte da via liberada e a outra fechada – teve início em decorrência da ameaça de rompimento de outra barragem da Vale, a de Vargem Grande, em Nova Lima, também em Região Metropolitana de BH. Além de obrigar a restrição de tráfego na rodovia, foi exigida a saída de 100 pessoas de suas casas, na área chamada zona de autossalvamento em caso de rompimento.
Os moradores de Itabirito estão muito aflitos e ansiosos. "O ponto mais crítico é o sistema de 'siga e pare'. Isso está nos causando o transtorno gigantesco dentro do município. Temos problemas com o transporte e com a mercadoria para chegar no município. Também temos cerca de 1 mil estudantes que saem da cidade e que perdem a horário da aula, perdem o horário de prova. A Vale não faz nada. O nosso município está desolado", disse o vereador Rene Americo da Silva (PSDB).
Ele disse que a espera para passar pela via pode demorar de 40 e até 50 minutos. "Estamos na boca da barragem. Não sabemos se é pior ficar parado ou pior ficar rodando", completou. O morador aposentado Elias Costa de Resende, de 69 anos, concorda: "No meu entendimento, o sistema empacota as pessoas e libera para zona de risco. Ao invés de proporcionar proteção, o sistema coloca as vidas em risco." O vereador ainda denuncia que os funcionários da Vale passam pelo bloqueio, sem respeitar o "siga e pare".
Os oficiais da Defesa Civil declararam ao Estado de Minas em fevereiro deste ano que para definir a liberação no sistema siga e pare, foram feitas algumas simulações levando em conta um possível rompimento da Barragem de Vargem Grande, da Vale, em Nova Lima. Se isso acontecer, a lama levaria quatro minutos para alcançar a rodovia. Os dois militares explicaram que apesar do tempo curto, há condições suficientes para bloquear o tráfego imediatamente dentro do sistema que está funcionando na BR-356.
Em Itabirito, o público estimado pela Defesa Civil era de 4.363 pessoas, com cinco reuniões de preparação. Segundo a corporação, Itabirito seria atingida, no pior cenário, em 1h36m após o rompimento da barragem Forquilha. O simulado de ontem foi completado em 40 minutos. Já a última pessoa a chegar no ponto de encontrou demorou 1h16m. Os valores são bem abaixo do tempo para a lama atingir a primeira casa de Itabirito.
Mesmo após o treinamento, os moradores se queixam da sensação de insegurança. "Não tem como explicar. Estamos todos assustados, muito angustiados. Não conseguimos mais dormir com tranquilidade", disse Elias Costa.
O uso do sistema "siga e pare" – com uma parte da via liberada e a outra fechada – teve início em decorrência da ameaça de rompimento de outra barragem da Vale, a de Vargem Grande, em Nova Lima, também em Região Metropolitana de BH. Além de obrigar a restrição de tráfego na rodovia, foi exigida a saída de 100 pessoas de suas casas, na área chamada zona de autossalvamento em caso de rompimento.
Os moradores de Itabirito estão muito aflitos e ansiosos. "O ponto mais crítico é o sistema de 'siga e pare'. Isso está nos causando o transtorno gigantesco dentro do município. Temos problemas com o transporte e com a mercadoria para chegar no município. Também temos cerca de 1 mil estudantes que saem da cidade e que perdem a horário da aula, perdem o horário de prova. A Vale não faz nada. O nosso município está desolado", disse o vereador Rene Americo da Silva (PSDB).
Ele disse que a espera para passar pela via pode demorar de 40 e até 50 minutos. "Estamos na boca da barragem. Não sabemos se é pior ficar parado ou pior ficar rodando", completou. O morador aposentado Elias Costa de Resende, de 69 anos, concorda: "No meu entendimento, o sistema empacota as pessoas e libera para zona de risco. Ao invés de proporcionar proteção, o sistema coloca as vidas em risco." O vereador ainda denuncia que os funcionários da Vale passam pelo bloqueio, sem respeitar o "siga e pare".
Os oficiais da Defesa Civil declararam ao Estado de Minas em fevereiro deste ano que para definir a liberação no sistema siga e pare, foram feitas algumas simulações levando em conta um possível rompimento da Barragem de Vargem Grande, da Vale, em Nova Lima. Se isso acontecer, a lama levaria quatro minutos para alcançar a rodovia. Os dois militares explicaram que apesar do tempo curto, há condições suficientes para bloquear o tráfego imediatamente dentro do sistema que está funcionando na BR-356.
Em Itabirito, o público estimado pela Defesa Civil era de 4.363 pessoas, com cinco reuniões de preparação. Segundo a corporação, Itabirito seria atingida, no pior cenário, em 1h36m após o rompimento da barragem Forquilha. O simulado de ontem foi completado em 40 minutos. Já a última pessoa a chegar no ponto de encontrou demorou 1h16m. Os valores são bem abaixo do tempo para a lama atingir a primeira casa de Itabirito.
Mesmo após o treinamento, os moradores se queixam da sensação de insegurança. "Não tem como explicar. Estamos todos assustados, muito angustiados. Não conseguimos mais dormir com tranquilidade", disse Elias Costa.