Uma semana após o embarque da corporação de bombeiros militares em Minas Gerais para a cidade de Beira, em Moçambique, no continente africano, diversas ações humanitárias e de reconstrução da cidade são feitas pelos militares experientes em desastres como o de Brumadinho e Mariana.
Nesta sexta-feira, bombeiros mineiros continuam trabalhando na montagem de tendas, além da desobstrução de vias e transporte de mantimentos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, essas tarefas são cruciais na promoção das ações de Defesa Civil, reforçando ainda o compromisso da corporação em diminuir o sofrimento das pessoas.
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Tarefas simples que se tornam desafios em Moçambique. “Na área afetada não há motosserra, não há talha. Não há conhecimento técnico para cortar árvores de maneira rápida. Os moradores da comunidade estão cortando árvores com pedra lascada. O machado não tem cunha, e eles o seguram com a mão. Perguntamos a eles se teriam algum tipo de madeira para fazer um machado tradicional, mas ficaram com medo do mesmo se desprender e acabar ferindo alguém. A utilização de motosserra de maneira veloz e hábil surpreendeu crianças e adultos que não conheciam o equipamento”, relatou capitão Kleber.
A abertura de vias possibilita que pessoas doentes saiam dos municípios devastados para se dirigirem às cidades polo, como é o caso de Beira, para que tenham um atendimento médico adequado. Segundo relatos dos militares, uma mulher grávida, em sua rota para Beira, foi obrigada atravessar um rio caminhando e, ainda, dependeu do apoio de outras pessoas que a ajudaram a atravessar a sua motocicleta sobre o rio, elevando-a sobre a superfície d’água. Essa situação acontece pelo fato de não existirem mais pontes que permitam um fluxo normal.
Na última quinta-feira, o major Cosendey e o capitão Kléber fizeram voo de reconhecimento em Nhamatanda. Foram avaliadas possibilidades de construção de pontes provisórias para permitir a passagem de veículos leves como motos, carros pequenos e viaturas com tração nas quatro rodas com mantimentos.
O ciclone atingiu, além de Moçambique, o Zimbabué e Malawi. Mais de 2,5 milhões foram diretamente afetadas e as inundações decorrentes do fenômeno atingiram também Madagascar e a África do Sul. Os ventos chegaram a 200 km/h.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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