Vereadores de BH retiram temporariamente de pauta o projeto de Lei 142/17, que determina a redução gradativa do número de carroças e charretes na capital mineira. Carroceiros lotaram o plenário para protestar contra a proposta, de autoria do ex-vereador e atual deputado estadual, Osvaldo Lopes (PHS).
“São cerca de 8 mil profissionais na região metropolitana. Isso impacta mais de 20 mil pessoas”, reforça o presidente da Associação dos Carroceiros de Belo Horizonte, José da Horta.
O autor é defensor da causa animal e a matéria foi aprovada em 1º turno em 3 de julho. A ideia é estimular a troca dos veículos de tração animal por veículos de tração motorizada, como motocicletas, que seriam acopladas a caçambas.
Carroceiros defendem que a proibição da atividade beneficia apenas empresários, rebatem que muitos profissionais não têm carteira de motorista e apontam que animais são bem tratados.
A categoria faz pressão para que o prefeito Alexandre Kalil (PHS) abrace a regulamentação da profissão. Segundo José da Horta, os carroceiros ajudam no combate à dengue, com a retirada de entulhos, e contribuem para diminuir a poluição do ar, já que não usam combustíveis fósseis.