O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, liga um alerta quanto ao abastecimento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ruptura do reservatório da Vale inviabilizou a captação direta no Rio Paraopeba, inaugurada em dezembro de 2015 em caráter emergencial que veio para resolver o até então risco de desabastecimento que existia na época. Diante do risco, a Justiça determinou que a prefeitura da capital mineira comprove, em juízo, se há necessidade ou não de realizar ações para evitar a falta de água.
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A preocupação com o desabastecimento surgiu devido a tragédia em Brumadinho. A lama da barragem da Vale elevou a turbidez da água e inviabilizou a captação que funcionava diretamente no Rio Paraopeba desde dezembro de 2015, responsável por sugar 216 milhões de metros cúbicos de água em três anos e um mês. Foi essa captação, que custou R$ 128 milhões aos cofres públicos, que garantiu à Copasa a solução para a crise de abastecimento que se aproximava do racionamento em 2015.
O gerente-geral da Divisão de Produção da Bacia do Paraopeba, Paulo Diniz, afirmou, em 27 de março, durante uma visita técnica da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Barragens da Câmara de BH, que aproximadamente 30% da população de Belo Horizonte poderá ficar sem água, caso a captação no Rio Paraopeba pela Copasa não seja retomada em até um ano e meio.
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que comparecerá à audiência de conciliação, como determinado pelo Juiz.
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