A Polícia Civil deu detalhes, nesta terça-feira (9), da prisão do candidato a deputado estadual Gilson Pereira de Souza, de 49 anos, suspeito de estuprar cinco adolescentes em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas têm entre 15 e 17. Segundo a corporação, ele promovia ações sociais envolvendo crianças carentes para facilitar a execução dos crimes.
O suspeito foi detido no último dia 28, quando a polícia cumpriu mandado de prisão preventiva. De acordo com o delegado Guilherme Catão, as investigações duraram três meses. “O suspeito é acusado de aliciar menores através de vantagens econômicas e ameaças de morte, com uso de arma de fogo, para manter relações sexuais com os mesmos”, explicou.
Segundo o delegado, o Gilson Pereira nega os fatos e se diz perseguido por uma das vítimas que, de acordo com ele, só quer prejudicá-lo. O inquérito policial foi concluído e encaminhado à Justiça com indiciamento de Gilson Pereira por estupro de vulnerável e representação pela prisão preventiva dele.
Em 2015, Gilson já havia sido indiciado em Sabará, também na Grande BH, pelo mesmo crime. No ano passado, a polícia o prendeu em Caeté por porte ilegal de arma de fogo.
Na ocasião, ele pôde responder em liberdade após pagar fiança de R$ 2 mil. Segundo Guilherme Catão, essa ocorrência foi uma pequena parte do inquérito, mas contribuiu para o avanço das investigações dos crimes de estupro.
Catão também orientou que outras possíveis vítimas do ex-candidato denunciem os atos ilícitos na delegacia de Polícia Civil ou no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ele destacou, ainda, a contribuição dos pais e responsáveis ao conversarem com os jovens a fim de identificar sinais de abuso.
Natural de Coronel Murta, na Região do Vale do Jequitinhonha, Gilson Pereira concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pelo PTB. Ele recebeu 133 votos e não foi eleito.
O acusado de estupro também concorreu à vereança de Caeté em duas oportunidades: 2008 e 2016. Contudo, não conseguiu se eleger em nenhuma das vezes.
Com informações da Polícia Civil de Minas Gerais