O não cumprimento de obrigações da Vale, firmadas na presença do Ministério Público, mais a burocracia do estado impede que maior número de corpos da tragédia em Brumadinho sejam identificados. Essa é uma das conclusões da visita surpresa que os deputados estaduais componentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) fazem na tarde desta quinta-feira ao Instituto de Criminalística, na capital.
No local, são feitos os exames de DNA dos desaparecidos durante o rompimento da barragem da mina do Feijão, em 25 de janeiro, em Brumadinho. Segundo o diretor do Instituto de Criminalística, Dário Luiz Lopes, a Vale não entregou ainda muitos dos equipamentos, fundamentais para celeridade do serviço.
Mas há casos mais preocupantes, segundo os parlamentares, como um gerador entregue pela Vale há duas semanas e sem uso. Como o equipamento ainda não foi incorporado ao patrimônio de estado, está parado. O gerador tem capacidade para 100 litros de óleo diesel, mas, ontem, tinha apenas 20 litros, pois não é possível bem comprar o combustível devido ao embaraço na esfera estadual.