Jornal Estado de Minas

Postos de saúde de BH abrirão no fim de semana para atender demanda da dengue e gripe


O avanço de dois tipos de vírus por Belo Horizonte provoca um caos na saúde pública. As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da capital mineira tiveram um aumento de 40% no volume de atendimento usual. O motivo é a epidemia de dengue, que atinge a cidade e outros 127 municípios mineiros, como mostrou o Estado de Minas na edição desta quinta-feira, e a multiplicação dos casos de gripe. Para atender a alta na demanda, centros de saúde serão abertos no sábado e profissionais, como médicos, serão contratados. Um chamamento público será feito pela Prefeitura.

Belo Horizonte  está entre as cidades mineiras que enfrenta aumento de casos de dengue em relação aos dois últimos anos. Até a última sexta-feira foram 9.536 registros prováveis. Desses, 2.398 foram confirmados e outros 7.138 seguem sendo investigados.

Foram descartados 3.008 casos. Além da enfermidade, a gripe assombra os moradores. Até 5 de abril, foram registrados oito casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Destes, sete por H1N1, o mesmo que causou epidemia mundial de gripe suína em 2009, e um por Influenza B. Além disso, dezenas de casos são investigados.

Situações que provocaram uma corrida as nove UPAs da capital mineira. “O que nós percebemos na unidade de Pronto Atendimento é que com a dengue e a Síndrome respiratória, houve um aumento das portas de emergência de 40% do volume de atendimento usual.
A alta está concentrada, principalmente, nos serviços pediátricos, com idosos e com pacientes com outras comorbidades”, explicou Alex Sander Sena, gerente de urgência e emergência da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).

Diante do cenário, a SMSA traçou estratégias para atender os pacientes em Belo Horizonte. “A partir deste final de semana, vamos fazer a abertura dos Centros de Saúde em regionais que notamos o aumento no atendimento e fragilidades. Serão abertos os postos nas regiões Nordeste, Pampulha e Barreiro”, afirmou o gerente. As regionais apresentam grande número de pacientes com dengue. Barreiro lidera com 543 casos. Em seguida, vem a Nordeste com 339. A Pampulha não é a terceira com o maior número de infectados, mas já tem 267 pacientes com a doença.


Outra medida que será tomada pela PBH será a contratação de mais profissionais. Um chamamento público será feito ainda hoje. Reforço também será feito nos insumos. “Estamos fazendo um incremento de pessoas para as unidades de pronto atendimento e para as redes. São mais de 200 profissionais para contratação imediata, dos quais 87 são médicos. São principalmente pediatras e clínicos para suprir a escala de trabalho”, disse Alex Sena. “Também estamos reforçando os insumos de hidratação, nos laboratórios de pedidos de exames, e alguns incrementos físicos, como macas, e cadeiras extras nas unidades para dar mais conforto a esses pacientes”, completou.

O gerente ressalta que os moradores também devem procurar as unidades básicas, caso tenha condições, antes de ir diretamente para as UPAs. “Sempre em qualquer caso suspeito deve procurar o atendimento médico de urgência. Os pacientes que têm condições de ir até a unidade básica por meios próprios e se a saúde permitir, deve ir, pois lá serão triados e referenciados para as UPAs.
Claro que, se tem gravidade, falta de trasporte, vai para UPA. Por isso vamos reforçar no final de semana”, concluiu o gerente.

Odilon Behrens


Outra medida tomada pela Prefeitura de Belo Horizonte será a abertura de mais 12 leitos extras para atendimento pediátrico no Hospital Odilon Behrens, que também são referenciados para a UPA. Todos os leitos serão para internação.

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