Em reunião na tarde desta quinta-feira (11) no Ministério da Infraestrutura, o chefe da pasta Tarcísio Freitas anunciou o repasse de R$ 4 bilhões para o metrô de Belo Horizonte e outras obras de infraestrutura em Minas Gerais. No entanto, na avaliação da deputada Áurea Carolina (PSOL), o representante do governo federal se precipitou ao assegurar a transferência do dinheiro.
O dinheiro viria da mineradora Vale, como contrapartida da renovação da concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) até 2057. Contudo, o novo contrato ainda não foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Este processo (de renovação) está em curso e já teve parecer contrário dentro do próprio governo. Ele (o ministro Tarcísio Freitas) fez um anúncio de uma coisa que não está certa”, explicou Áurea Carolina.
Ainda assim, Áurea ressaltou a “importância da articulação” feita na reunião desta tarde. “A Vale tem um interesse enorme na prorrogação das concessões, mas os benefícios têm que vir para a população”, disse.
O prefeito Alexandre Kalil, por sua vez, afirmou que a criação da segunda linha do metrô finalmente deve sair do papel. "Eu acho que dessa vez não é promessa, pois há interesse privado na história. Quando há interesse de outras empresas, realmente a coisa sai", disse em entrevista concedida à reportagem pela prefeitura.
O repasse para o metrô de BH, segundo o ministro Tarcísio Freitas, será de R$ 1 bilhão. O dinheiro seria aplicado na criação da linha 2, que liga a Região do Barreiro à estação Calafate, no bairro de mesmo nome, na Região Oeste da cidade.
Os R$ 3 bilhões restantes serão aplicados em outras obras de infraestrutura em Minas Gerais. As quantias poderão chegar, por exemplo, a rodovias mineiras que concentram um grande número de acidentes. São os casos das BR's 381, 040 e 251.