As atividades na Barragem Laranjeiras, na Mina Brucutu, a segunda maior da Vale em Minas Gerais, poderão continuar. O empreendimento está localizado em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central do Estado. A Justiça negou o pedido de agravo do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e manteve a permissão de funcionamento.
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Na decisão, o juiz ressaltou que a mineradora “trouxe aos autos documentos também por ela elaborados que demonstram que referida barragem não mais se encontra na tal “alarp zone”, ou “zona de atenção”, e não representa perigo efetivo, porquanto construída sem alteamento, pelo método convencional e reconhecido como seguro pelo próprio Ministério Público em outras ocasiões”.
Também ressaltou que a barragem não é construída pelo método conhecido como a montante – o mesmo usado nas barragens de Fundão, em Mariana, e do Córrego do Feijão, em Brumadinho, que se romperam – cuja ampliação se faz em cima do próprio rejeito. “Em verdade, a Barragem de Laranjeiras não sofreu sequer alteamento pela técnica celebrada como “a jusante”.