Jornal Estado de Minas

Acusada de assassinar síndica de prédio em Belo Horizonte é julgada


Já está na fase de debates o julgamento Rayanne Maia Marques, de 27 anos, acusada de assassinar Ludmilla Rivas da Silva, de 37, que era síndica de um prédio no Bairro Parque São José, Região Oeste de Belo Horizonte. O crime aconteceu na noite do Natal de 2017, depois que a vítima foi até o apartamento onde a mulher mora para reclamar de barulhos. Ela acabou morta a facadas. O julgamento acontece no 2º Tribunal do Júri.

O julgamento teve início 9h30, com uma hora de atraso. Na parte da manhã, forma ouvidas cinco testemunhas e a acusada. Em seguida, teve início os debates, com a fala do representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Depois, houve pausa para o almoço.

A decisão do conselho de sentença vai sair ainda nesta tarde.

Rayanne está presa na Penitenciária Jason Soares Albergaria, em João Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde o dia do assassinato. Ela responde por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. E também por ameaça contra outro vizinho. Na segunda-feira, estão previstos depoimentos de nove testemunhas, de acusação e defesa. Depois, a ré será interrogada e, em seguida, será a vez dos debates entre as duas partes.

O assassinato de Ludmilla aconteceu em 25 de dezembro de 2017.
Pouco antes das 20h, a confusão entre as moradoras teve início. De acordo com a denúncia, a síndica ligou para o apartamento de Rayanne para questionar o motivo do choro do filho dela. As duas discutiram. Em seguida, Ludmilla foi até o apartamento da mulher.

Na porta da residência, a síndica acabou esfaqueada no pescoço. Em depoimento, na época, Rayanne confessou o crime. Segundo ela, no momento em que a vizinha chegou em seu apartamento, ela estava cozinhando. E, no calor da discussão, acabou, por reflexo, desferindo um golpe em Ludmilla.
Disse, ainda, que era usuária de drogas e sofria preconceito dos outros moradores.

A síndica chegou a ser socorrida por militares, mas morreu ao dar entrada no Hospital João XXIII. A faca usada no crime foi apreendida.

No perfil que mantinha no Facebook, Rayanne postava fotos com armas e com notas de dinheiro sobre o corpo. Em uma delas, a mulher aparece com várias notas de R$ 100 sobre ela. Há também fotos dela com armas e munições e fazendo gestos como se estivesse com o artefato em punho.
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