Jornal Estado de Minas

Kalil pede à população para 'tomar conta do vizinho' para combater a dengue em BH


Os casos de dengue se multiplicam em Belo Horizonte a cada semana. A capital mineira enfrenta uma epidemia da doença. Já são mais de 13,7 mil notificações neste ano, uma média de 135 por dia.  O Prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou, nesta segunda-feira, que, caso necessário, vai abrir postos de saúde nos fins de semana para atender os moradores infectados com a enfermidade. Também pediu ajuda à população para 'tomar conta do vizinho' e evitar os focos do mosquito Aedes aegypti. A tecnologia pode ajudar a eliminar o inseto. O Ministério da Saúde divulgou que Belo Horizonte terá etapa final do método “Wolbachia”, medida que reduz a capacidade de transmissão dos vírus zika, Chikungunya e febre amarela.

No último fim de semana, postos de saúde de Belo Horizonte ficaram abertos para ajudar a desafogar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, que tiveram aumento de 40% da demanda devido aos casos de dengue e de doenças respiratórias. O prefeito Alexandre Kalil afirmou que a medida poderá se repetir ao longo deste ano.


“Olha, epidemia que depende do povo, depende da população. O que depender da Prefeitura, se precisar abrir os postos todo final de semana, todos os postos, nós vamos fazer. Mas um apelo que a gente faz para todo mundo é tomar conta do vizinho, porque aí nós podemos ter um combate mais efetivo dessa praga que todo ano assola o país”, disse o prefeito.

Devido ao aumento no número de casos, três postos de saúde ficaram abertos no último sábado para receber a população com suspeita da doença. As unidades ficam nos bairros Concórdia (Panema, 275), na Região Nordeste, Santa Terezinha (Rua Senador Virgílio Távola, 157), na Região da Pampulha, e Tirol (Avenida Nilo Cerqueira, 15), no Barreiro.  

Tecnologia


O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira a nova fase do projeto World Mosquito Program Brasil (WMPBrasil) da Fiocruz. Três cidades vão receber o método “Wolbachia”, entre elas Belo Horizonte.
Também terão a ação Campo Grande e Petrolina. Serão destinados R$ 22 milhões. Segundo a pasta, a ação consiste na liberação do Aedes com o microrganismo Wolbachia na natureza, reduzindo sua capacidade de transmissão de doenças..