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Estado de Minas

Kalil descarta intervenção da PBH para fechar Aeroporto Carlos Prates

O Prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou, nesta segunda-feira, que não vê motivos para fechar o terminal, que abriga o Aeroclube do Estado de Minas Gerais


postado em 15/04/2019 16:19 / atualizado em 15/04/2019 17:35

Prefeito foi questionado sobre o aeroporto devido ao acidente do último fim de semana. Aeronave caiu no Bairro Caiçara depois de decolar do terminal(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Prefeito foi questionado sobre o aeroporto devido ao acidente do último fim de semana. Aeronave caiu no Bairro Caiçara depois de decolar do terminal (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

O temor de moradores que vivem próximo ao Aeroporto Carlos Prates, no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste de Belo Horizonte, deve continuar. O Prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou, nesta segunda-feira, que não vê motivos para fechar o terminal, que abriga o Aeroclube do Estado de Minas Gerais dedicado à formação de pilotos, aviação desportiva, manutenção, instrução, construção de aeronaves, ultraleves, aviação geral de pequeno porte, e helicópteros. No último sábado, um avião que decolou do local caiu no Bairro Caiçara e uma pessoa morreu. A aeronave parou a poucos metros de casas.

Em entrevista, concedida nesta tarde, o prefeito afirmou que não há nenhum projeto para o aeroporto e que não pretende fechá-lo. “O prefeito é culpado de muita coisa, mas de avião cair. Vamos rezar para avião não cair, mas todo lugar que tem avião tem o risco de cair. Foi um acidente aéreo e nós não temos nenhum projeto. O que tinha era para construir prédio, para ajudar a construtora lá, eu enterrei. Vamos culpar o prefeito do que ele tem culpa. De avião cair, ainda não”, disse.

“Você já imaginou Congonhas. Santos Dumont? Então gente, não vamos inventar a roda em Belo Horizonte. Se em Congonhas pode, se no Aterro do Flamengo pode, vamos parar com essa ideia de que não pode nada. Nós estamos custando a colocar essa cidade do pode, do Carnaval até aeroporto.  Se essa fosse a lógica nós não teríamos aeroporto em grandes centros urbanos no mundo inteiro”, completou.

Como o Estado de Minas mostrou na edição deste domingo, a queda do avião no Bairro Caiçara aumentou o temor dos moradores vizinhos ao aeroporto. O tráfego constante de aviões que decolam e pousam no terminal vizinho, muitas vezes com pilotos sem experiência, sempre tirou o sono de quem vive nas imediações. No sentido literal da expressão, devido ao barulho dos aparelhos, que começam a sobrevoar casas e pontos de comércio desde o início da manhã, e também no figurado, pelo vaivém de aeronaves em meio a uma zona urbana densamente ocupada.

Irregularidade


O avião Socata ST-10 Diplomate, caiu na Rua Minerva, no Bairro Caiçara, na tarde de sábado. A aeronave tinha capacidade para quatro ocupantes. No entanto, só havia o instrutor de voo, identificado como Franscisco Fabiano Gontijo, no momento do acidente. O avião bateu em um poste e arrastou parte da fiação da Rua Minerva. Segundo uma testemunha, o aparelho desviou de um prédio antes de cair, em frente às casas e diante de um lote vago, que poderia ser o alvo do piloto.

O avião estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) vencida desde janeiro. Expedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a IAM é obrigatória para todo equipamento aéreo operar e deve ser renovada a cada 12 meses. Na prática, funciona como os documentos de carros e motos que boa parte da população atualiza todos os anos.


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