Os casos prováveis de dengue – que englobam os suspeitos e confirmados – em Minas Gerais neste ano já superam, no primeiro trimestre, o número de notificações da epidemia em igual período de 2010. Na época, de janeiro a março, a média de registros diário da doença era de 1.102,7. Em 2019, a média ficou de 1.219,6 a cada 24 horas. Minas Gerais está em alerta devido à proliferação da enfermidade tendo centenas de municípios com epidemia. Já foram confirmadas 14 mortes, sendo metade na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e outras 48 estão em investigação. Já são mais de 121 mil notificações da enfermidade até ontem. A capital mineira é uma das cidades que vêm sentindo os efeitos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou, ontem, que, caso necessário, vai abrir postos de saúde nos fins de semana para atender os moradores infectados com a enfermidade. Também pediu ajuda à população para ‘tomar conta do vizinho’ e evitar os focos do mosquito.
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Dengue já matou 14 pessoas em Minas neste ano; casos prováveis já são 121,6 milMais doentes e menos médicos: o avanço da dengue e as baixas nas equipes de saúdeEm menos de uma semana, BH tem quase mil novos casos de denguePBH amplia número de postos abertos no fim semana para demanda de dengueCNJ manda Justiça mineira apurar caso de juiz que grita com testemunha em vídeoAcidente com carretas e carros interdita trecho do Anel RodoviárioSomente em março, foram 58.616 casos prováveis no território mineiro. Os números foram superiores aos dois meses anteriores. Em janeiro foram 17.436 e fevereiro 33.717 registros.
E a doença segue provocando mortes. Desde o início do ano, a dengue já matou 14 pessoas Minas Gerais. Metade delas aconteceu na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sendo que, somente Betim, teve seis óbitos. A outra na Grande BH foi em Ibirité.
A situação da dengue no estado preocupa as autoridades de saúde. Minas está em alerta desde o início do ano devido ao aumento da doença. A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) deve publicar, nos próximos dias, um decreto de emergência com medidas para conter o mosquito Aedes aegypti.
VIGILÂNCIA Os casos de dengue se multiplicam em Belo Horizonte a cada semana. A capital mineira enfrenta uma epidemia da doença. Já são mais de 13,7 mil notificações neste ano, uma média de 135 por dia. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou, ontem, que, caso necessário, vai abrir postos de saúde nos fins de semana para atender os moradores infectados com a enfermidade. Também pediu ajuda à população para ‘tomar conta do vizinho’ e evitar os focos do mosquito Aedes aegypti. No último fim de semana, postos de saúde de Belo Horizonte ficaram abertos para ajudar a desafogar as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) da cidade, que tiveram aumento de 40% na demanda devido aos casos de dengue e de doenças respiratórias.
O prefeito Alexandre Kalil afirmou que a medida poderá se repetir ao longo deste ano. “Olha, epidemia que depende do povo, depende da população. O que depender da prefeitura, se precisar abrir os postos todo final de semana, todos os postos, nós vamos fazer. Mas um apelo que a gente faz para todo mundo é tomar conta do vizinho, porque aí nós podemos ter um combate mais efetivo dessa praga que todo ano assola o país”, disse o prefeito.
As denúncias e solicitações de vistoria podem ser feitas pelos canais de atendimento da prefeitura, por meio da internet, o aplicativo da PBH e por meio do telefone 156.
Os agentes fazem uma vistoria minuciosa nos imóveis para eliminar os focos e orientar moradores sobre como prevenir para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Em média, são cinco visitas por ano em casa local. Caso a residência esteja fechada, são feitas novas tentativas em horários distintos. Se persistir a falta do morador, é deixado um “Comunicado de Visita”, com telefone de contato para realizar um agendamento. “Em alguns casos, quando não se localiza os donos dos imóveis, busca-se auxílio da Vigilância Sanitária e da Fiscalização da Prefeitura de Belo Horizonte. Caso o imóvel seja comprovadamente de risco, são encaminhados relatórios para a Gerência de Vigilância Sanitária, Gerência de Fiscalização, Defesa Civil e outros órgãos para providências cabíveis (intimações, multas, entrada forçada, etc.)”, explicou a SMSA.
Raio-x dos piores anos
2010
Janeiro 14.470
Fevereiro 29.487
Março 55.292
Média por dia: 1.102,7 casos prováveis
2013
Janeiro 35.522
Fevereiro 62.560
Março 146.917
Média por dia: 2.722,2 casos prováveis
2016
Janeiro 57.617
Fevereiro 137.474
Março 156.923
Média por dia: 3.911,2 casos prováveis
2019
Janeiro 17.436
Fevereiro 33.717
Março 58.616
Média por dia: 1.219,6 casos prováveis
Enquanto isso...
...Wolbachia em BH
O Ministério da Saúde divulgou ontem a nova fase do projeto World Mosquito Program Brasil (WMPBrasil) da Fiocruz. Três cidades vão receber o método “Wolbachia”, entre elas Belo Horizonte. Também terão a ação Campo Grande e Petrolina. Serão destinados R$ 22 milhões.