Monitoramento de barragens 24 horas por dia, central de comunicação com contato direto com a população, criação de aplicativos com alertas. Essas são algumas medidas que vão fazer parte do Plano Municipal de Segurança de Barragens de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais. A cidade abriga 23 barragens de rejeitos de mineração e uma de acumulação de água, distribuídas entre Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Vale, Gerdau e Ferrous. As empresas aderiram, voluntariamente, nesta terça-feira, a participar da criação do plano. Caso as mineradoras não concordassem, a Prefeitura ameaçava entrar na Justiça.
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Está previsto, ainda, a implantação de um sistema de envio de informações via SMS com dados de estabilidade das barragens, alertas de chuva, enchentes. “Também serão elaborados materiais gráficos para colocar nas casas. Também vamos combater as fake news, pois a cidade está sofrendo com isso”, comentou Aarão.
O secretário ressalta que será criado um conselho técnico que ficará responsável por monitorar as barragens, ao menos, quatro vezes ao ano. “O grupo vai acompanhar as empresas de consultoria que fazem os laudos de estabilidade das estruturas, avaliar as documentações das empresas. Será uma terceira opinião”. A ideia é que o plano viere uma política municipal de segurança de barragem. Para isso, um projeto de lei será enviado a Câmara Municipal.
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