As arquibancadas e cadeiras do ginásio do Mineirinho, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, amanheceram lotadas de fiéis para acompanhar a Missa da Unidade, celebração religiosa que marca a quinta-feira santa e prega a união da comunidade católica em torno de Jesus Cristo. Comandada pelo arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo, a missa reúne cerca de 15 mil devotos no Mineirinho e terminou com uma homenagem especial aos mortos da tragédia de Brumadinho, acometidos pela avalanche de lama da mineradora Vale. O rompimento da barragem deixou 231 mortos e outras 46 pessoas desaparecidas.
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Belo Horizonte amanhece tomada pela neblina; veja a previsão do tempoVai ficar em BH no feriado? Veja o que abre e fecha na cidadeCNBB fala em abrir um 'canal de diálogo' com Bolsonaro"Cultivemos sempre um coração sensível às dores dos excluídos", pede dom Walmor, eleito na CNBBDom Walmor é eleito em Aparecida (SP) presidente da CNBBVeja como os impactos da atividade mineral atualizaram a história de TiradentesMais uma vítima da tragédia de Brumadinho é identificada; mortos chegam a 231O chefe da Arquidiocese de BH destacou a importância de se lembrar da tragédia de Brumadinho em um momento que é marcado pela reflexão. “Chegamos para a Missa da Unidade em luto por causa de Brumadinho.
Um dos momentos mais celebrados da missa foi a apresentação feita por jovens da Paróquia Dom Bosco, em homenagem às 277 vítimas, sendo 230 já identificadas e 47 desaparecidas. Eles fizeram duas coreografias relembrando o estado de Minas Gerais e também a tragédia da Vale. Vestidos com camisas brancas sujas de lama, o objetivo é celebrar a memória de quem se foi no desastre. “A gente não podia deixar de lembrar Brumadinho.
Para o padre Luís Carlos de Carvalho Santos, da Paróquia de São Sebastião, no Bairro Betânia, Oeste de BH, a Missa da Unidade é o momento de celebração para relembrar a importância de servir a Jesus Cristo. “Pessoalmente, é a hora abençoada de agradecer a Deus. E é importante para os leigos para servirmos ao povo de Deus”, diz ele. Presente há mais de 20 anos em todas as celebrações da Missa da Unidade, a dona de casa Maria do Rosário Alvim, de 60 anos, destaca a leveza trazida ao espírito quando participa da celebração. “Eu saio mais leve e ainda mais disposta a ter amor ao próximo, uma coisa que está faltando muito no nosso Brasil atualmente”, afirma..