As estratégias para prevenir a ação de quadrilhas que explodem caixas eletrônicos, crime que tirou o sossego de cidades em todas as regiões de Minas Gerais, se interiorizam. Ao longo da semana, autoridades da Grande BH e do Colar Metropolitano fizeram reuniões para articular a criação de redes regionais de monitoramento de explosões de terminais bancários em agências, comércios e empresas. A expectativa é que os grupos sejam instalados em Sete Lagoas, onde ocorreu o primeiro encontro, em Contagem e em Vespasiano. Essa política já funciona desde 2018 em Divinópolis, onde a redução dos crimes chegou a 77% na regional, caindo de 18, em 2017, para quatro no ano passado.
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Bancas de BH poderão vender créditos do Cartão BHBus Bandidos explodem banco e causam danos em sede da prefeitura de TurvolândiaBandidos explodem agências bancárias em três cidades mineiras na madrugadaBancários de BH não poderão transportar dinheiro ou guardar chaves de agênciasPolícia prende suspeitos de explodir banco no Vale do Rio DoceCriminosos atacam bancos em duas cidades mineirasPMs trocam tiros com bandidos e evitam roubo a banco no Triângulo após treinamentoNa terça-feira, as autoridades regionais receberam a cúpula da inteligência da Sesp para a apresentação do protocolo integrado de atuação no combate aos ataques. “Esse combate (aos ataques a caixas eletrônicos) é uma das prioridades.
Segundo ele, um dos objetivos já cumpridos foi viabilizar os grupos nas regiões do Triângulo (Uberaba e Uberlândia) e Sul de Minas (Pouso Alegre e Lavras), por serem áreas onde a criminalidade interestadual vem agindo com mais efetividade. “Essas regiões são as piores, pois temos o ingresso de quadrilhas do Mato Grosso, de Goiás e de São Paulo. Esses protocolos estão sendo colocados na mesa para fortalecer em todas as Risps a integração com as demais forças de segurança pública e demais parceiros”, disse Caçadini.
O grupo de coordenação da Sesp informa ter uma “forte atuação na área de inteligência, fazendo o mapeamento do modus operandi dos criminosos e a identificação de quadrilhas. De forma integrada, as apurações da inteligência se transformam em operações repressivas e preventivas”. “Em Uberlândia e Uberaba, tivemos grande repercussão, já um efeito desse trabalho. Conseguimos grandes apreensões de dinamite e isso desestimulou uma grande quadrilha que estava focada em ataques na região”, destaca o subsecretário.
Somando as características e recursos das várias instituições e corporações, o secretário espera conseguir também desestimular as quadrilhas.
As redes de monitoramento contam com 13 instituições de segurança das esferas federal e estadual, sob a coordenação da Sesp, com a participação de corporações como a Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Corpo de Bombeiros Militar, Exército, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Abin, Associação de Bancos do Estado de Minas Gerais, Associação Brasileira de Bancos, Febraban e Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap). “Foi muito importante integrar parceiros como a Febraban. Criamos grupos de redes sociais específicos, que são acionados sempre que um ilícito ocorre. Com isso, podemos saber, no mesmo instante, se um crime está em andamento, como cercar esse problema”, afirma. A previsão é de que os grupos atuem também em Barbacena, Betim, Curvelo, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Passos, Teófilo Otoni, Unaí e Varginha..