"A finalidade do simulado é fazer com que a população entenda para onde se deslocar. Quem está em área de risco, precisa estar sempre pronto", disse o superintendente da Defesa Civil de Betim, o Capitão da Polícia Militar Ramiro Barros Filho. São 70 casas localizadas na área de autossalvamento, onde cerca de 270 pessoas moram. Em caso de rompimento da mesma, a lama percorreria 1.700 metros em três minutos.
Trata-se da barragem Dique D. Ela tem capacidade para 2 milhões e 100 mil metros cúbicos de rejeitos sólidos. De acordo com a Brasmic, ela está preenchida com 1.500.000 m3 de rejeitos, compostos por areia e material argiloso.
"A barragem está muito próxima a comunidade. Mas, a simulação visa a prevenção de um possível rompimento. (...) O simulado trabalha com os níveis, funciona para esvaziar caso ocorra a elevação", explicou o diretor da empresa, Márcio Braga.
Ainda segundo ele, o último laudo de estabilidade indica que a barragem alcançou o índice de 1,81, ou seja, é 81% mais resistente do que toda a força de empuxo que a estéril de postado exerce sobre a barragem. Ela ainda é monitorada pela AMN: "São feitas, mensalmente, duas vistorias."
De acordo com a empresa, ela foi construída em 1990 e continua ativa, mas não recebe rejeitos. Lá, o rejeito é depositado em pilha de estéril a seco e em cavas, mas a barragem compõe um sistema de contenção de bacias da mineradora.
O simulado foi realizado entre os parceiros Superintendência Municipal de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar de Minas Gerais, Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semmad), Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e Trânsito de Betim (Ecos).