Jornal Estado de Minas

Semana começa com mais dois feminicídios


A semana começa violenta e pelo menos dois casos de feminicídio engrossam as estatísticas. Um homem, de 43 anos, assassinou a ex-companheira, de 35, e se matou em seguida no início da manhã de ontem em Boa Esperança, no Sul de Minas. Isso tudo na frente da filha do casal, que tem apenas 6 anos. Antes, durante a madrugada, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, outra mulher, de 45, foi assassinada a facadas pelo amante. De acordo com a Polícia Militar (PM), por volta de 9h40, a corporação recebeu um chamado na Rua Bias Fortes, no Centro da cidade de Boa Esperança. Tratava-se do salão de festas onde a vítima trabalhava. Junto com ela estava uma funcionária e a filha. De acordo com o relato da testemunha à polícia, o casal havia se separado havia poucas semanas.

Entretanto, o pai pediu para ver a filha. Ao chegar, deu um beijo nela e procurou pela mãe. A ex-companheira estava na cozinha. Segundo a versão da PM, foi lá que o casal começou a discutir. O homem dizia que a mulher o estava traindo e, com isso, pegou uma faca e a golpeou a vítima diversas vezes. Em seguida, ele se suicidou.

O outro caso ocorreu em Ribeirão das Neves, na Grande BH. De acordo com o Boletim de Ocorrência, o homem contou aos policiais que a vítima era sua a amante havia dois anos e que a convivência era bastante perturbada.
Nos últimos tempos, ela ameaçava contar à esposa dele sobre o relacionamento dos dois. Foi então que o suspeito foi até a casa da vítima, se escondeu no quarto da amante e, com as luzes apagadas, esperou que ela chegasse. Ao entrar no cômodo, o homem a golpeou no peito e uma no abdome, ainda segundo seu relato à polícia. O Serviço de Atendimento Móvel (Samu) foi ao local, mas ela já estava morta. Ainda segundo a PM, o autor tentou fugir, mas foi detido por populares e agredido com socos, chutes e pauladas. Em seguida, foi preso.

Há uma semana, belo-horizontinos se chocaram com a história em que mãe e filhos morreram após o ataque de um homem que não se “conformou com o fim do relacionamento.” O homem, Tchaikovsky Mourão, também morreu carbonizado após agredir a família. Ele disparou contra Élida Maria Seabra, de 58 anos, João Pedro Seabra Anísio, de 26, e Paulo Henrique Seabra Anísio, de 24. Após os disparos, ele ateou fogo à casa, no Bairro Universitário, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte..