Na tentativa de combater o surto de dengue, o governo do estado e a prefeitura de Belo Horizonte fecharam parceria para o uso de parte da estrutura do Hospital de Campanha da Polícia Militar no Centro de Atendimento para Dengue (CAD) do Barreiro (Praça Modestino Sales Barbosa, 100, Bairro Flávio Marques Lisboa), região mais atingida pela epidemia na cidade, com 1.232 casos foram confirmados segundo o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, médicos e enfermeiros militares estarão disponíveis no local das 8h às 20h a partir de hoje. Serão cinco profissionais, sendo dois pediatras, por turno. A estimativa é de que a capacidade de atendimento seja ampliada em, no mínimo, 180 pacientes por dia. De acordo com Taciana Malheiros, subsecretária Municipal de Saúde de BH, os CADs da cidade vão funcionar todos os dias, das 7h às 18h. Ela adiantou que, desde 11 de abril, foram contratados 273 profissionais de saúde para trabalhar nas unidades, dos quais 125 médicos.
No CAD Nordeste, em funcionamento no prédio da UPA regional, quem chega tem entrada exclusiva. A triagem é feita em uma tenda onde o paciente pode inclusive receber soro, seguindo para a segunda etapa dentro do prédio do Bairro São Paulo. Moradora do Bairro Pirajá, na Região Nordeste, a dona de casa Catarina Pereira Silva, de 58, se mostrou satisfeita com o atendimento. Passou pela triagem, recebeu o soro e depois esperou deitada até ser levada para outro setor do CAD.
O porteiro José Maria Morel, de 62, morador do Bairro Paulo VI, na mesma região, também elogiou o atendimento. “Ótimo”, destacou, esclarecendo que se trata da segunda vez com suspeita da doença, que tem, confirmados, conforme último dado da PBH, 6.280 casos e outros 18,8 mil em investigação. Ontem, 118 pacientes com sintomas da virose procuraram o CAD Nordeste, 172 foram ao CAD Venda Nova e 98, à unidade do Barreiro.
Em toda Minas Gerais, o vírus da dengue já infectou 165.853 pessoas em 2019. São 21 mortes confirmadas, com outras 66 sob investigação, o que pode elevar o número de óbitos para 87. No Brasil, apenas o estado de São Paulo tem mais vidas perdidas pela doença, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde.