Jornal Estado de Minas

Bombeiros levam oito horas para resgatar piloto de parapente em Caratinga

Piloto estava a, aproximadamente, 300 metros de altura do chão - Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas GeraisUm piloto de parapente, de 16 anos, foi resgatado na madrugada desta quinta-feira em Caratinga, na Região do Vale do Aço, em Minas Gerais, depois de ficar preso a árvores na Pedra Itaúna, a uma altura de cerca de 300 metros do chão. O jovem voava na tarde dessa quarta-feira, quando perdeu o controle do equipamento. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, o resgate foi acompanhado por várias pessoas da cidade, que ajudaram principalmente com a iluminação durante o período da noite. Toda operação durou cerca de oito horas e nove militares das corporações de Caratinga e da cidade vizinha Manhuaçu se envolveram na ação.

De acordo com o tenente Luciano Cruz, de 44 anos, que participou do salvamento, o local da queda era de difícil acesso, o que complicou a operação.“Chegamos lá só com caminhonete e vimos um rapaz, que não apresentava ter ferimentos graves, preso em uma árvore a 300 metros do chão. Fizemos a ancoragem para descer, mas estávamos em dúvida se resgatávamos naquela hora ou deixávamos ele dormir até no outro dia, para ser resgatado por um helicóptero. Aí decidimos que três bombeiros iriam descer. Eles foram ao caminho da vítima, fizemos o sistema de redução e subimos com o jovem. Foi uma operação bem melindrosa, com risco para todos, por isso a demora”, explicou.

O tenente informou que o piloto, identificado como Igor Carvalho Leal Rosinsk, de 16 anos, estava sozinho durante a prática da atividade.
Depois do salvamento, ele foi encaminhado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Caratinga e liberado na manhã desta quinta-feira.

O tenente dos bombeiros alertou para os perigos das atividades radicais nesta região da Pedra Itaúna, que além de conhecida pela prática constante dos voos livres, é um ponto turístico da cidade, próximo ao Centro de Caratinga. “Essas atividades radicais têm que ser acompanhadas por profissionais com muita experiência, e nunca isolado ou sozinho. É sempre bom também deixar alguém avisado de onde você está indo. Temos sempre que temer, principalmente nessas situações de vida. É bom não achar que você é o ‘dono do pedaço’ e achar que sabe tudo. A pessoa deve conhecer o local e ter os equipamentos”, finalizou o bombeiro.

* Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais 
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