O grave caso de violência sexual que mobilizou a Polícia Militar na madrugada desta sexta-feira resultou na liberação do suspeito de estuprar três crianças. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as denúncias de abuso sexual, mas informou que, por não haver flagrante, o suspeito foi ouvido e liberado.
Uma mulher de 26 anos acionou a PM para denunciar casos de estupro praticados contra seus três filhos, sendo um menino de 6 anos e duas meninas de 8 e 9. De acordo com a PM, quando a denúncia foi feita, os policiais se dirigiram imediatamente para o endereço, no Bairro Primeiro de Maio, na Região Norte de BH.
A denunciante, de 26 anos, disse que quando chegou em casa, por volta de 22h40 desta quinta-feira, ouviu de seu filho de 6 anos que o ex-companheiro dela, de 38, teria obrigado a criança a fazer sexo oral nele. A violência extrema também teria chegado à penetração.
Ainda segundo o relato da mãe à PM, quando as duas irmãs escutaram o garoto, elas também disseram que tinham sido abusadas. As duas relataram episódios em que o suspeito as beijou e tentou tocar os órgãos genitais das crianças. De acordo com a PM, o suspeito manteve relacionamento com a mãe das vítimas durante quatro anos, mas o casal estaria separado há sete dias.
A mulher indicou a casa do ex-companheiro e ele negou as acusações, mas foi encaminhado para o plantão da Polícia Civil. Os policiais conversaram com as crianças e elas confirmaram que foram abusadas. Segundo a PM, não foi informado quantas vezes os estupros teriam acontecido. Uma das meninas disse que Antônio a teria tocado, inclusive, ontem, enquanto ela o ajudava a amarrar papelões.
Segundo a PM, o suspeito também negou esse fato. Ele disse que a criança estava o ajudando com os papelões, mas mandou que ela saísse do local, já que estavam apenas os dois e a mãe poderia não gostar da situação. As três crianças foram encaminhadas ao Hospital Odilon Behrens, para serem examinadas. Por fim, a mãe disse que notou mudanças no comportamento dos filhos há três semanas.
A delegada responsável pelo caso, Renata Ribeiro, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente esteve no hospital onde as crianças estão internadas.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.