O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciou nesta sexta-feira, 3, ter impetrado nova ação civil pública contra a Vale, dessa vez por problemas causados à população de Barão dos Cocais (MG).
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Casas evacuadas por causa de risco em barragem de Barão de Cocais são saqueadasVale apresenta megaestrutura de 35 metros de altura para conter rejeitos em Barão de CocaisPessoas com mobilidade reduzida deixam suas casas em Barão de CocaisEntre outros, são pedidos indenização de R$ 100 mil por danos morais para os moradores que deixaram a área de risco, R$ 300 mil para quem tem imóveis na região e R$ 2 bilhões a título de danos morais coletivos para reconstituição dos bens lesados.
Para o MP, houve "reiteradas condutas abusivas e ofensivas a direitos humanos e fundamentais perpetradas na execução de atividades ligadas às barragens de rejeitos Sul Superior e Sul Inferior", que fazem parte do complexo minerário Gongo Soco.
A denúncia aponta ainda que a ameaça de rompimento de barragem mudou a rotina dos mais de 30 mil moradores de Barão dos Cocais. Desde o dia 8 de fevereiro, data em que as sirenes tocaram e 500 pessoas tiveram de deixar seus imóveis, a apreensão tomou conta da cidade.
A situação piorou em 22 de março, quando o risco na barragem subiu para o nível 3, o maior no que refere ao perigo de rompimento. As sirenes então voltaram a tocar e diversas medidas tiveram de ser tomadas no município, como a suspensão das aulas nas redes pública e privada.
Procurada para se manifestar, a Vale informou que ainda não foi notificada sobre os pedidos da promotoria. "Avaliaremos as medidas adequadas quando tivermos acesso ao teor", esclareceu sobre a ação civil pública..