O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira, que é inconstitucional proibir a atuação dos motoristas particulares dos aplicativos Uber, Cabify e 99. A decisão saiu no mesmo dia em que motoristas de todo o mundo resolveram paralisar os serviços para reivindicar melhorias no sistema.
A decisão da Corte também poderá acabar com a guerra jurídica de liminares que autorizaram e proibiram a circulação dos motoristas em várias cidades do país.
O STF julgou ações contra leis de Fortaleza e de São Paulo proibindo a atuação dos motoristas. O caso foi julgado a partir de ações protocoladas pelo PSL e pela Confederação Nacional de Serviços (CNS).
O caso começou a ser julgado em dezembro do ano passado, quando o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski.
Nesta tarde, ao votar sobre a questão, Lewandowski acompanhou os votos dos ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, relatores das duas ações, que liberaram o serviço dos aplicativos.
Também votaram a favor dos aplicativos os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Dias Toffoli.
Manifestações
Motoristas que trabalham com aplicativos de transporte se concentraram, na manhã desta quarta-feira, em dois pontos de Belo Horizonte, em uma manifestação exigindo algumas mudanças nos programas e, especialmente, a diminuição da taxa das corridas que fica com as empresas.
Os manifestantes se reuniram, principalmente em frente ao Estádio Mineirão, na Região da Pampulha, e na Praça do Papa do Papa, Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul da capital.
A paralisação é um movimento que acontece em vários países, batizada de Uber Off (Uber desligado).
(Com informações de Guilherme Paranaiba)