Um dia que começou com protestos em todo o mundo, teve tarifas acima do normal, prejuízos para alguns e terminou com a liberação do serviço em todo o Brasil. A quarta-feira foi movimentada para usuários, prestadores de serviço e empresas relacionadas ao transporte privado de passageiros por aplicativos. Pela manhã, em Belo Horizonte, condutores de veículos se reuniram no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul da cidade, e na esplanada do Mineirão, na Pampulha, para pedir maior valorização por parte dos aplicativos.
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Motoristas de aplicativos denunciam violência de manifestantes em dia de protesto mundialMotoristas de apps fazem paralisação e se reúnem no Mineirão e na Praça do Papa Taxistas fazem protesto por desativação de ponto no Centro de Belo HorizonteBatizado mundialmente como Uber Off (Uber desligado), o protesto de ontem reuniu cerca de 30 pessoas no Mangabeiras e outras 30 no Mineirão, de acordo com a Polícia Militar. Organizadores falaram em 50 motoristas no estádio de futebol. Certo é que os números ficaram abaixo do esperado pela categoria, que contava com 400 manifestantes presentes nos atos e outros 2 mil com aplicativos desligados.
O ato defendeu um reajuste de 30% no valor pago ao motorista – tanto em quilometragem quanto em tempo.
Ainda que a adesão tenha sido abaixo do esperado pelos organizadores, houve tarifa dinâmica durante o dia. Isso acontece quando a demanda está acima da média, o que geralmente ocorre nos fins de semana e feriados, ou a oferta está abaixo – caso de ontem. Contudo, a Uber negou que tenha havido alteração nos preços das viagens. A empresa, assim como suas concorrentes Cabify e 99 Pop, ressaltou que continuará valorizando a relação com o motorista. Todas reconheceram o direito de livre manifestação dos colaboradores.
A manifestação de ontem também resultou em desentendimentos entre quem aderiu e quem preferiu continuar com o aplicativo ativo.
LEGISLAÇÃO Com diferentes leis que regulam o transporte por aplicativos no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a operação das empresas no país ontem. A decisão foi tomada por unanimidade. A Corte se baseou no princípio da livre concorrência.
A decisão do Supremo poderá acabar com a guerra jurídica de liminares que autorizaram e proibiram a circulação dos motoristas em várias cidades do país, como São Paulo e Fortaleza. .