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Polícia Civil registra 237 mortos identificados após tragédia em BrumadinhoMais uma vítima de Brumadinho é identificada e mortos vão a 236Cão que salvou vidas em Brumadinho morre durante buscas em SC; bombeiros fazem homenagemBombeiros fazem homenagem às mães vítimas da tragédia em BrumadinhoCPI vai até Brumadinho para ouvir atingidos pelo rompimento da barragem da ValeOutra vítima da barragem em Brumadinho é identificada; 32 seguem desaparecidasO primeiro a ser ouvido foi Hélio Márcio Lopes da Cerqueria. Ele é engenheiro sênior responsável pela geotecnia corporativa da área de ferrosos da Vale. Investigações apontam que ele participou ativamente de conversa telemática mantida entre funcionários da Vale e da Tuv Sud nos dias 23 e 24 de janeiro de 2019, tratando da situação de anormalidade das medições realizadas pelos piezômetros da referida barragem.
Durante seu depoimento, ele repetiu por diversas vezes que "não sou especialista", "não posso responder", "não tenho conhecimento profundo da estrutura", se esquivando de muitas das perguntas feitas pelos membros da CPI. "Minha função era apenas fiscalizar o contrato de automação de dez barragens, entre elas, a que se rompeu", disse. Ele é responsável pela contratação da empresa que monitora os piozemtros. Em 23 de janeiro, conforme já foi divulgado, foi detectado um problema técnico do aparelho.
O segundo a ser ouvido foi o Felipe Figueiredo Rocha que é engenheiro de recursos hídricos. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), investigação aponta que ele participava do gerenciamento de dados corporativos que denotaram, inclusive, a criticidade da situação da barragem B1. Foi "expressamente" mencionado nos e-mails trocados pelos funcionários da empresa Tuv Sud, em maio de 2018, como o coordenador que soube da "possibilidade da Barragem I não passar."
Nesta manhã, ele entregou uma lista com o nome de todos os diretores que participaram dos painéis de segurança nacional e internacional da mineradora. Em depoimento, ele disse que especialistas apresentaram uma análise mostrando os riscos da estrutura de barragens, mas não especificou problemas na Barragem da Mina do Feijão.
Em seu depoimento, ela reiterou o que os colegas disseram. Ela ainda negou que houvesse qualquer tipo de pressão para atestar estabilidade de barragem dentro da Vale.
Na semana passada, Makoto Namba e André Yassuda – da empresa alemã de consultoria Tuv Sud –, responsáveis pelo laudo de estabilidade da barragem deixaram de responder a perguntas dos deputados mineiros..