A Receita Estadual fez uma série de buscas e apreensões, nesta quinta-feira, para desmontar um esquema de sonegação fiscal no setor metalúrgico mineiro criado por membros de uma mesma família. Os alvos iniciais são duas empresas, em Ipatinga, no Vale do Aço, e Montes Claros, Norte de Minas, e os primeiros levantamentos apontam R$ 23 milhões em operações irregulares.
De acordo com as apurações de auditores da receita, os empresários negociavam ferro e aço sem as notas fiscais exigidas por lei. Na prática, desleal à concorrência, os investigados suprimiram o pagamento de impostos e simulavam as informações encaminhadas ao Fisco. Ainda conforme os dados da operação, que contou com o apoio da Polícia Militar, o valor total das operações sonegadas por ser ainda maior.
“Foi constatada uma disparidade entre as operações de entradas e saídas das empresas, sendo as saídas bem inferiores, o que sinaliza vendas sem a documentação fiscal. Uma clara situação de prejuízo aos contribuintes que trabalham de forma correta”, explicou a delegada da Receita Estadual em Ipatinga, Vilma Stoffel.
De acordo com Gilmar Soares, delegado da Receita Estadual em Montes Claros, além da concorrência desleal, o esquema resultava em outro prejuízo para a sociedade mineira.
“Também ficaram constatadas irregularidades em relação à falta de recolhimento de ICMS em operações interestaduais de aço importado. Isso prejudica duplamente o Estado, pelo aspecto tributário e também pelo emprego, já que Minas tem na siderurgia uma de suas principais vocações econômicas”, concluiu.
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