Vou de bike… ciclistas comemoram, nesta segunda sexta-feira de maio, o sétimo ano da campanha de Bike ao Trabalho. A iniciativa ocorre desde 2013 e é promovida pela Bike Anjo, rede de ciclistas que ajuda e incentiva pessoas a utilizar bicicleta como meio de transporte. Este ano, a campanha traz como tema os benefícios à saúde.
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Ciclistas reclamam da redução das bicicletas compartilhadas em Belo HorizonteDe novo: bicicletas Yellow são encontradas no Ribeirão ArrudasBH deve ganhar mais bicicletas compartilhadas e integradas com ônibus e metrôNa véspera do Cura, rua da Lagoinha passa a priorizar pedestres e bikes Bikes em BH: como está e como pode ficar o desenvolvimento de mais estruturaA mesma ação ocorreu no final da tarde, na Avenida dos Andradas, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste da cidade.
Em São Paulo, além de lanches e conversas, a organização promove a campanha Empresas Amigas da Bike. Por meio de um formulário simples, a companhia submete seu perfil como apoiadora e incentivadora da prática entre seus funcionários.
“O objetivo é criar um banco de dados das boas práticas oferecidas a fim de mobilizar incentivos fiscais e benefícios para as empresas que estimulem e valorizem a bicicleta e a mobilidade ativa”, explica a empresa, por meio de nota.
De acordo com a Associação dos Ciclistas Urbanos de BH, em 2018 cerca de 3500 pessoas utilizavam bicicleta como meio de transporte. Apesar do número, apenas 0,4% dos deslocamentos diários são feitos por bicicleta na capital. A ideia é de que esse índice alcance os 2% a partir do ano que vem.
Para isso, foi criado o Plano de Mobilidade por Bicicleta de Belo Horizonte (PlanBice BH), que prevê obras de infraestrutura na cidade para facilitar o uso do meio de transporte. No entanto, conforme dados do próprio plano, apenas 9% das obras que deveriam ser entregues no segundo semestre de 2019 estão concluídas (seis de 65).
Além disso, o número de obras ainda não iniciadas é mais de seis vezes maior do que o planejado anteriormente.
Neves à Savassi
André Luiz, de 37 anos, pedala diariamente 60 quilômetros para ir de sua casa ao trabalho.
“Faço isso primeiramente por saúde. O organismo melhora muito, acordo bem disposto, durmo bem e me alimento melhor. Em segundo lugar, por economia, o transporte público está muito ruim. Uso a bike para esporte, trabalho e passeio”, explica.
Desde outubro do ano passado, quando optou por fazer o traslado via bike, André economiza R$ 20 por dia. Considerando que ele trabalha seis vezes por semana, a economia chega a quase R$ 500 por mês ou R$ 5.760 por ano.
Além disso, quando compara o tempo que gastava com transporte público na ida ao trabalho, ele conclui que é mais vantajoso ir de bicicleta. “Quando ia de ônibus, gastava mais ou menos duas horas, tinha que pegar dois ônibus e um Move para chegar à Savassi”, conta.
No entanto, nem tudo é maravilha para um ciclista em Belo Horizonte. Conforme relata André, a maior dificuldade que ele encontra é em relação à falta de estrutura na capital. “Você vai andar na ciclovia e tem mais pedestres que bike”, reclama.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.