A Região Metropolitana de Belo Horizonte lidera em número de mortes por dengue no estado. Foram ao menos 16 vidas perdidas nas 39 cidades da Grande BH: nove em Betim, o maior número em Minas, as quatro de BH, duas em Contagem e uma em Ibirité. No estado, são ao menos 29 mortes, dado que deve ser atualizado nesta segunda-feira, provavelmente ultrapassando a casa das três dezenas.
Para se ter uma ideia, mais de 94% das cidades da Grande BH enfrentam epidemia da dengue – caracterizada pela incidência de casos prováveis maior que 300 por 100 mil habitantes. Apenas Raposos e Nova Lima não registram números críticos da doença. Em Belo Horizonte, a Secretaria de Estado de Saúde informa que a taxa é de 1.515,96 casos prováveis por grupo de 100 mil. A pior situação é de Mário Campos com projeção de 5.865,72/100 mil. Nesta semana, Taquaraçu de Minas, Santa Luzia e Brumadinho também entraram em situação epidêmica.
Os casos prováveis em Minas, que somam confirmados e suspeitos, já passam de 209 mil, aproximando-se do ano de 2010, quando o número foi de 212 mil diagnósticos. As previsões são de que esse total seja ultrapassado amanhã, colocando 2019 como a terceira pior epidemia de dengue da década, perdendo apenas para 2016 e 2013.
Como mostrou o Estado de Minas em sua edição de ontem, quatro pessoas morreram na capital vítimas da doença, enquanto os casos confirmados da enfermidade saltaram para 10.490. Outros 33.546 estão em análise. Em uma semana, Belo Horizonte confirmou 2.726 diagnósticos de dengue, o maior aumento do ano. Os dados assustam também quanto ao crescimento dos casos prováveis da doença (soma dos confirmados e suspeitos). O aumento foi o maior desde o início do ano também nesse quesito: um acréscimo de 11.979 diagnósticos prováveis na comparação entre o informativo de ontem e o da semana passada. O avanço entre os dois boletins anteriores tinha sido de 6.883.
A Região do Barreiro continua na liderança do ranking da dengue em BH, com 2.773 registros, seguida da Nordeste (1.341 casos), Noroeste (1.297), Pampulha (1.207) e Venda Nova (978). A Regional Centro-Sul tem menos confirmações, com 249. No boletim divulgado na sexta-feira, a secretaria pontuou que outras doenças contribuíram para o agravamento do quadro clínico em dois dos quatro casos que levaram pacientes à morte.
ZIKA E CHIKUNGUNYA Se o quadro da dengue apresentou o maior crescimento do ano, as outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti estão em situação considerada estável. Segundo o último balanço divulgado pela prefeitura, foram notificados 141 casos de chikungunya em residentes de Belo Horizonte, 16 dos quais confirmados. Desses, seis foram contraídos no município, seis importados e quatro com origem indefinida. Há 125 registros em investigação para a doença. As notificações de zika somam 119: uma confirmada, 65 descartadas e 53 em investigação. Os números das duas enfermidades permanecem os mesmos da semana passada, de acordo com a Saúde municipal.
Cuide-se
Funcionam hoje até 18h em Belo Horizonte
Centros de Atendimento à Dengue (CAD)
» CAD Barreiro
Segundo andar do Complexo de Saúde do Barreiro
Praça Modestino Sales Barbosa, 100 (antiga Praça da Febem),
no Bairro Flávio Marques Lisboa
» CAD Venda Nova
Rua Padre Pedro Pinto, 175, segundo andar
» CAD Nordeste
Rua Joaquim Gouveia, 560, Bairro São Paulo