Acontece desde o início da manhã desta segunda-feira o julgamento de um dos acusados pela Chacina de Felisburgo, crime que chocou a população da cidade do Vale do Jequitinhonha em 20 de novembro de 2004. Calixto Luedy Filho está sendo submetido ao Tribunal do Júri no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.
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Mandante da chacina de Felisburgo, Norte de Minas, é preso em SalvadorEnvolvido na chacina de Felisburgo sofre nova condenação na JustiçaQuinto homem julgado pela chacina de Felisburgo é condenado a 195 anos de prisãoTravesti é assassinada a facadas na Avenida Pedro I, em BHDepois deles também foram condenados Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza, ambos a 102 anos de reclusão, em julgamento realizado em 24 de janeiro de 2014.
De acordo com a acusação do Ministério Público, os acusados atiraram em homens, mulheres e crianças, matando cinco pessoas e ferindo outras 12, além de incendiar 27 casas e a escola de um acampamento em Felisburgo. Para o MP, Adriano Chafik, dono da Fazenda Nova Alegria, comandou o ataque. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiram a fazenda ao descobrirem que ela se tratava de área pública que nunca pertenceu a um particular. De acordo com o Tribunal de Justiça de MInas Gerais (TJMG), mais de 120 trabalhadores rurais acompanham o julgamento, que começou às 9h20 na capital mineira.
O fazendeiro entrou com ação de reitegração de posse na época, mas perdeu o processo e as terras foram demarcadas em favor dos assentados. A denúncia aponta que, inconformado com a derrota, ele reuniu 14 homens que iniciaram ameaças aos assentados, mas cometeram a chacina em novembro de 2004. Parte do grupo teria sido conduzida pelo próprio Adriano.
A íntegra da denúncia aponta 15 réus pelo crime. Como quatro já foram julgados e Admilson Rodrigues Lima, que é um dos réus, morreu, restam outros nove que ainda serão submetidos ao Tribunal do Júri.