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Minas Gerais confirma três casos de sarampo Número de mortes por dengue em Minas sobe de 25 para 38 em uma semana Dengue tem aumento de casos e mortes em BH e já reduz estoques da HemominasDengue mata mais duas pessoas em BH e já infecta 15,5 mil moradoresCom 247 mil com dengue, estado deve R$ 4,8 bi para saúde nos municípiosMunicípios mineiros pedem ajuda para combater a epidemia de dengueGoverno de Minas libera mais R$ 1,7 milhão para combater a dengue em 45 cidadesBH pode ter pancadas de chuva nesta terça-feira e frio 'de inverno' no decorrer da semanaBetim, na Grande BH, continua na liderança em mortes por dengue em Minas – foram 10, que somadas às quatro confirmadas na capital, duas em Contagem e uma em Ibirité, elevam a 17 o número de casos fatais na região metropolitana. Em Uberlândia (Triângulo Mineiro) são oito; em Unaí (Noroeste), duas. Arcos (Centro-Oeste), Curvelo (Região Central), Frutal (Triângulo), João Monlevade (Central), Lagoa da Prata (Centro-Oeste), Martinho Campos (Centro-Oeste), Paracatu (Noroeste), Passos (Sul), São Gonçalo do Pará (Centro-Oeste), Uberaba (Triângulo) e Vazante (Noroeste) também confirmaram uma vida perdida pela doença cada.
Com 17 mortes confirmadas, a Região Metropolitana de Belo Horizonte só tem um município que não registra quadro epidêmico: Raposos.
Quanto aos casos prováveis, a Secretaria de Estado da Saúde informa que Minas tinha 247.602 computados desde o início do ano até ontem – um aumento de 18,3% sobre os 209.276 do último boletim, ou 38.326 diagnósticos a mais em uma semana. Considerando os últimos 10 anos, apenas os 12 meses de 2013 (414 mil) e 2016 (519 mil) não são superados pelo total de casos em menos de cinco meses de 2019, que já ultrapassou até mesmo o ano completo de 2010, quando o país também enfrentou epidemia do vírus da dengue.
Segundo a Saúde estadual, este período do ano registra um número maior de casos, devido à sazonalidade da doença, que aumenta em meses quentes e chuvosos. Dessa forma, o estado está em situação de alerta para as viroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Com relação à febre chikungunya e à zika, a pasta informou que, por razões técnicas, só informaria os dados da dengue no boletim divulgado ontem. Até semana passada, Minas tinha 1.587 e 650 casos prováveis das duas doenças, respectivamente.
RECURSOS Desde 23 de abril, o governo do estado decretou situação de emergência em saúde pública nas macrorregiões Centro, Noroeste, Norte, Oeste, Triângulo do Norte e Triângulo do Sul. A partir do decreto, o Executivo estadual pôde mobilizar recursos de forma mais ágil para enfrentar o Aedes aegypti e estruturar serviços de atendimento às pessoas infectadas.
Para enfrentamento da epidemia, também foram publicadas duas resoluções no Diário Oficial do estado, que destinaram cerca de R$ 8,3 milhões para 200 dos municípios com incidência alta ou muito alta da doença – aqueles em quadro mais crítico.
Termômetro
Confira o número de casos prováveis de dengue ano a ano
2010 212.502
2011 38.250
2012 30.528
2013 414.719
2014 58.435
2015 193.993
2016 519.050
2017 25.933
2018 29.369
2019 247.602
Sarampo: mais um alerta e dois casos confirmados
Além da dengue, a população mineira tem outras doenças com que se preocupar. Uma das que despertam o maior nível de alerta é o sarampo, que teve mais dois casos confirmados no estado nos últimos 21 dias, elevando o total a três. Os últimos pacientes com testes positivos para a virose são um jovem de 25 anos e uma adolescente de 13.
Ambos vivem da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O rapaz é de Contagem e a menina, da própria capital. No entanto, a suspeita é de que os dois tenham contraído a doença no Nordeste do país. Apesar disso, ainda conforme boletim epidemiológico divulgado ontem, nenhum caso foi confirmado entre moradores daquela região brasileira.
Além dos dois casos recém-confirmados, Minas havia registrado um diagnóstico em fevereiro. Um italiano de 29 anos, que vive em Betim, contraiu a doença quando viajava à Croácia e à Itália, entre dezembro do ano passado e janeiro de 2019. A saúde estadual já foi notificada este ano de 109 casos suspeitos em 44 municípios. Apesar do alto número, 93 foram descartadas, o que equivale a 85%. Outros 13 estão sob investigação.
O sarampo preocupa devido ao alto potencial de contágio. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa a outra por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados.
Os principais sintomas são manchas avermelhadas pelo corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e olhos irritados, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos. Uma das preocupações das autoridades de saúde é a possibilidade de confusão com alguns dos sintomas da dengue, o que dificulta o disgnóstico de ambas as viroses.
* Estagiários sob supervisão do editor Roney Garcia.