Cerca de 11 mil moradores de Itabira, na Região Central de Minas Gerais, deverão participar de um simulado de segurança no final de junho. A informação foi divulgada pelo coordenador-adjunto da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Flávio Godinho, em coletiva na manhã desta quarta-feira.
O município tem 15 barragens cadastradas na Agência Nacional de Mineração (ANM); todas são de propriedade da Vale. Do total, cinco estão localizadas próximas a núcleos urbanos.
Além disso, a cidade abriga algumas das maiores estruturas do país, como a de Itabiruçu, que junto com a de Pontal, Rio de Peixe e Conceição, totaliza 401 milhões de metros cúbicos de rejeitos - mais de 33 vezes maior do que a que se rompeu em Brumadinho em 25 de janeiro.
Apesar do simulado, a informação repassada é de que todas as barragens da cidade estão com condições estáveis. Dessa forma, atividade seria uma medida preventiva e educativa em relação a um rompimento.
“Não há de se falar em evacuação. As barragens permanecem em situação de normalidade. Esse trabalho é uma oportunidade para que as pessoas saibam as rotas de fuga os pontos de encontro e os locais que essa mancha poderia chegar”, afirmou Godinho.
De acordo com ele, o simulado está marcado para 29 de junho, às 15h. Na parte da manhã, haverá uma reunião entre integrantes da força-tarefa, que dá suporte na cidade e moradores do município.
No encontro, serão apresentadas as orientações para o proceder da atividade. Estarão no local representantes do Ministério Público, Defesa Civil estadual e municipal, Corpo de Bombeiros, Prefeitura de Itabira e funcionários da Vale.
Durante a simulação, pessoas com dificuldade de locomoção serão ajudadas pelo Corpo de Bombeiros, para que consigam chegar ao ponto de encontro marcado. Eles também desenvolverão trabalhos nas escolas da cidades, principalmente nas que estão em zonas de mancha.
Aplicativo
Também na coletiva desta manhã, o coordenador-adjunto anunciou que a Defesa Civil e a Vale entregarão um aplicativo para smartphones para facilitar que os moradores saibam a projeção de rejeitos caso haja o rompimento de alguma barragem. O sistema contará com a tecnologia de localização em tempo real.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie