As pancadas de chuva em todas as regiões da capital mineira, ontem, pegaram os belo-horizontinos de surpresa e causaram estragos. O grande volume de água causou transbordamento do Córrego Vilarinho, na Região de Venda Nova, arrastou carros e fez comerciantes fecharem as portas, temendo inundações. Vias próximas ao local e de outras áreas da Grande BH, como a Região Nordeste, foram interditadas.
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Córrego Vilarinho transborda e carros são levados pela enxurradaPBH detecta erro e apresenta novo projeto para Avenida Vilarinho; término fica para pelo menos 2025 Chuva registrada em Belo Horizonte ultrapassou média histórica de junho Vazamento de gás complica trânsito na Avenida Vilarinho, em Venda NovaDefesa Civil emite alerta para risco de deslizamentos em três regiões de BHPM faz operação para reintegração de posse em obra de controle de enchentes no BarreiroA engenheira Cristina Nunes, de 40 anos, estava no cartório na Avenida Vilarinho quando foi surpreendida pela chuva. Ela foi uma das pessoas que tiveram o carro arrastado pela força da água. “De repente, começou a chover muito forte. O nível da água ficou alto, ‘emendou’ o nivelamento das duas vias separadas pelo canteiro central.
Desta vez, a água não tomou conta de estabelecimentos da região, mas muitos comerciantes tiveram que se apressar para tirar as mercadorias logo que a chuva começou. Foi o caso de José Louris, de 53, que estava revoltado por ver a cena se repetir: “São 14 anos passando pelo mesmo problema.
ATÍPICO Segundo o meteorologista do 5º distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Minas, Claudemir Azevedo, ontem choveu em todas as regiões de Belo Horizonte, instabilidade atípica para maio, mês considerado de poucas chuvas – a média mensal histórica é de 24 milímetros. No entanto, nesses 15 últimos dias, o acumulado já está em 32mm e a chuva seguirá até, pelo menos, sexta-feira. “Não é tão comum. É resultado de uma frente fria que chega do Sul do país e está sobre o Sudeste. A área de instabilidade entre duas massas de ar – uma quente e outra fria – causa nebulosidade, chuvas e quedas nas temperaturas”, define Azevedo, lembrando que a média neste ano está próxima de registro recorde.
Em 1955, a capital teve o maio mais chuvoso da história, com 86,9mm. A Defesa Civil divulgou o acumulado de chuva das regionais de Belo Horizonte. Até o fim da tarde de ontem, foram registrados 73,2mm em Venda Nova (mais que o dobro esperado para o mês inteiro) e 63,8mm na Nordeste.
Conforme as informações do Inmet, também choveu significativamente na Zona da Mata, no Vale do Aço e na Região Oeste do estado. Hoje e amanhã, a instabilidade também atua sobre a Região Central e parte do Leste de Minas. “A previsão para hoje e amanhã é de tempo nublado com chuvas de moderada a forte”, adianta..