Em meio à ameaça do desmoronamento de um talude da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (Região Central), a Vale terá que resguardar retirar animais, domésticos ou silvestres, das proximidades do complexo minerário. O compromisso, firmado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), vale para as zonas de Autossalvamento (ZAS), 10 quilômetros a jusante da Barragem Sul Superior, e de Segurança Secundária (ZSS), fora da ZAS mas ainda dentro da mancha de inundação.
Foi determinado, ainda, que a empresa forneça provisão de alimento, água e cuidados veterinários aos animais que aguardam resgate. Os tutores poderão acionar a mineradora pelo telefone 0800 031 0831 e solicitar o salvamento.
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A Vale informou que a cava da Mina de Gongo Soco vem sendo monitorada 24 horas por dia de forma remota, com o uso de radar e estação robótica capazes de detectar movimentações milimétricas da estrutura, além de sobrevoos com drone.
O videomonitoramento é feito em tempo real pela sala de controle em Gongo Soco e no Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). Quatro equipamentos estão localizados na sala de controle em Gongo Soco e outros dois no CMG.
De acordo com a empresa, dados atuais de monitoramento pelo radar instalado na cava mostram a possibilidade de deslizamento do talude norte da cava, que está localizada a 1,5 km da Barragem Sul Superior.
Mas, o monitoramento via radar e estação robótica nesta estrutura não traz evidência de processo de deformações na barragem. A mineradora acrescentou que não há elementos técnicos, até o momento, para se afirmar que, com o eventual escorregamento do talude, a Barragem Sul Superior possa se romper.
A estrutura está em nível 3 da escala de rompimento – que significa risco iminente de rompimento – desde 22 de março.
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