O desfecho de um crime brutal pode estar perto de acontecer. Vai à júri popular o suspeito de espancar o estudante de medicina Henrique Figueiredo Papini de Moraes, de 22 anos, em uma boate no Bairro Olhos D’Água, na Região do Barreiro. O crime ocorreu em setembro de 2016. A data do julgamento ainda não foi definida.
A decisão foi tomada pela juíza sumariante, em substituição, no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Âmalin Aziz Sant´Ana. O suspeito, Rafael Batista Bicalho, na época com 19 anos, teria agredido o jovem por ciúmes da ex-namorada, na saída da boate Hangar 677. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima foi agredida com sucessivos socos e chutes, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e chegou a ficar em coma no Hospital Biocor, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O rapaz sobreviveu, mas sofreu traumatismo no crânio e na face, sangramento no ouvido e lesões no braço, cotovelo e joelho.
O agressor vai responder por tentativa de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e utilização de meio cruel. A participação de outros três agressores, inicialmente apontados, não foi comprovada por testemunhas e laudos técnicos, e eles não vão responder pela tentativa de homicídio.
Entre amigos
Sobre os outros acusados, a Justiça reconheceu que não havia nenhum indício da participação deles no espancamento. “Não há indícios mínimos de suas participações nos fatos que justificasse ou pudesse embasar a pronúncia deles”, disse a juíza malin Aziz.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.