Moradores de cidades do Sul de Minas Gerais e do interior de São Paulo foram surpreendidos por um tremor de terra no fim da tarde desta segunda-feira. De acordo com o Observatório Sismológico da Universidade Federal de Brasília (UnB), o epicentro foi em Delfinópolis, no interior do estado. O tremor foi de 3.9 na Escala Richter. As causas ainda não foram identificadas.
"(A intensidade) foi bem fraca e foi coisa rápida. Não chegou a cair nada", contou o comerciante Fabrício Reis, de 36 anos, morador de Alpinópolis, onde o tremor também foi sentido. Segundo ele, houve outro registro há muito tempo, que logo lhe veio à memória. "O pessoal aqui está comentando muito. Há muito tempo atrás, cerca de 15 ou 20 anos, minha avó disse que teve outro tremor. Mas os dois foram bem tranquilos", disse.
Em Delfinópolis, onde o laboratório da UnB registrou o epicentro do tremor, o empresário Moacir Ramos Filho, de 69, disse que o abalo sísmico foi maior. “O céu estava muito azul e houve um estrondo, tipo um trovão. Logo, em seguida, a gente sentiu um tremor grande e assustou muito. Eu estava dentro de casa com meu filho e saí correndo para ver o que tinha acontecido”, afirmou. Morador do município há mais de 20 anos, Moacir disse que essa foi a primeira vez que o fenômeno aconteceu na cidade.
Apesar de o ponto central do tremor estar em Delfinópolis, houve pontos da cidade que a trepidação não foi sentida. "A gente estava aqui na pousada, mas não ouvimos nem sentimos nada. Mas realmente aconteceu. Muita gente na cidade está comentando", destacou Flávio Aparecida Rodrigues, 25.
Moradores de Cássia também se assustaram com o tremor. Funcionários e clientes de uma padaria localizada no Centro da cidade acharam que um caminhão pesado tinha passado pela via. “Deu uma balançada boa aqui. Tinha umas quatro pessoas que ficaram assustadas. A gente achou que era um caminhão passando na rua, mas saímos e não vimos nada. Foi aí que percebemos que era um tremor de terra”, disse Vívian Ribeiro do Amaral, de 21 anos, funcionária do local.
Moradora de Itaú de Minas, Romilda Nunes disse que não sentiu nada. "Eu ouvi muita gente comentando, mas eu mesmo não percebi. Alguns clientes do supermercado falaram sobre isso", relatou.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Passos, várias ligações foram recebidas no pelotão da cidade, mas nenhuma ocorrência foi registrada.