Passavam das 2h da madrugada quando tiros e explosão interromperam o sono de moradores de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais. A ação organizada dos criminosos levou medo e encurralou até mesmo policiais militares. Com armas de grosso calibre, entre 15 e 20 assaltantes atacaram um banco na cidade e avançaram sobre o cofre do penhor, onde ficam guardadas joias. Parte do bando deu cobertura atirando contra os agentes de segurança e rendendo pessoas que passavam pelo local.
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Entre 15 e 20 homens participaram do crime. “Fortemente armados, eles cercaram um quarteirão onde está localizado o banco, próximo ao Centro da cidade. Jogaram miguelitos – materiais feitos com pregos para furar pneus de veículos – e usaram vigias em todas as esquinas”, explicou o coronel Oterson Luis Nocelli, comandante da 17ª Região da Polícia Militar (PM).
Viaturas da PM foram acionadas, mas não conseguiram chegar próximo da área cercada pelos assaltantes.
O bando usou explosivos na agência e teve acesso ao cofre do penhor. No entanto, ainda não há informações se os criminosos conseguiram levar algum material.
Cápsulas de calibre 762 e 556, usadas em fuzis, foram apreendidas nas proximidades onde a organização criminosa agiu. Uma grande operação foi montada por policiais militares de Minas Gerais e São Paulo para tentar encontrar os assaltantes.
O bando fugiu em seis veículos em direção a São Paulo. Segundo a PM, os criminosos passaram por Ouro Fino e Jacutinga até entrar no território paulista.
Impressionante A suspeita da PM é de que a quadrilha especializada seja de São Paulo. “Essas organizações de São Paulo tem esse alto poderio. Eles já fizeram ações semelhantes em Uberaba e Passos, e em algumas cidades do interior de São Paulo, mas, impressiona o fato de eles invadirem uma cidade maior, como Pouso Alegre. Normalmente eles agem em municípios menores”, disse o comandante.
Por meio de nota, a Sesp informou que os crimes de ataque a bancos estão diminuindo. Neste ano, de janeiro a março, foram registradas 12 ocorrências. No mesmo período de 2018, haviam sido 27 registros. A pasta informou, ainda, que integrantes da rede de monitoramento atuaram na ocorrência.