A Justiça confirmou que a Vale entregou o estudo em que aponta o 'dam break', ou seja, o impacto real em caso de vazamento de 100% dos rejeitos da barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais. A mineradora tinha até meio-dia desta terça-feira para entregar o relatório, caso contrário deveria pagar multa de R$ 300 milhões.
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Vale tem até esta terça para apresentar 'dam break' de barragem em Barão de CocaisEstrago em Barão de Cocais pode ser maior que o previsto pela Vale'É inevitável o rompimento do talude', diz secretário sobre Barão de CocaisRisco de rompimento: MP quer que Vale proteja patrimônio cultural de Barão de CocaisBarragem que já esteve em nível de risco de rompimento será vistoriada em Rio Preto Governador Valadares pede que Vale garanta abastecimento em caso de desastre em Barão de CocaisBarão de Cocais: talude se movimenta até 10 centímetros por diaNa última sexta-feira (17), depois das informações de que o talude da mina estaria preste a se romper, a juíza da Comarca de Barão de Cocais Fernanda Chaves Carreira Machado ordenou que a mineradora elaborasse o estudo em até 72 horas.
Em março, a Justiça já tinha determinado a elaboração do estudo. No entanto, a mineradora levou em consideração o vazamento de apenas 35% dos rejeitos.
Talude
Na semana passada, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informou que o talude da Mina Gongo Soco estaria se movimentando com uma frequência muito acima do normal. Após análises, a Vale confirmou que a ruptura do talude é inevitável e deve acontecer até este sábado (25).
A preocupação é com as consequências desse rompimento. Ainda não se sabe se a ruptura poderia gerar uma vibração que ocasionaria um colapso de toda a barragem.
Nesta segunda-feira, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, afirmou que a chance de a barragem se romper é de 15%.
Simulado
No último sábado (18), a Defesa Civil realizou um simulado com a população de Barão de Cocais. A atividade simulou um rompimento da barragem, apontando as rotas de fuga.
No entanto, apenas 1.625 pessoas participaram da simulação. O número foi bem abaixo do esperado pelas autoridades, que previam 6 mil. Em um simulado feito em março, 3,6 mil pessoas participaram.
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie
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