O autor do massacre de Paracatu apresenta estado de saúde estável e não corre risco de morrer. A sedação foi retirada no início desta manhã e os médicos aguardam que ele acorde para fazer uma nova avaliação. A informação é do superintendente de Administração do Hospital Municipal de Paracatu, Marcelo Otávio de Andrade.
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Massacre em Paracatu: homem mata a ex na casa dela e outros três em igreja evangélicaAtirador de Paracatu tinha mais seis balas quando foi atingido pela PMAfastamento de igreja evangélica pode ter motivado chacina em ParacatuSem conseguir matar pastor, atirador começou matança pelo pai do religiosoCarreta com produto químico tomba e fecha pista da MG-428Câmera flagra atirador entrando em igreja de massacre em ParacatuIrmãos são baleados dentro de táxi em VespasianoAntes de ser baleado pela PM, Rudson usou uma garrucha calibre 36 para matar três pessoas dentro do templo. Segundo a PM, a tragédia seria ainda maior se a corporação não tivesse agido, já que cerca de 20 pessoas estavam na igreja.
Ainda segundo o superintendente do hospital, uma possível alta vai depender da avaliação de Rudson depois que ele acordar.
Rudson está sob escolta policial 24 horas por dia e, segundo o tenente-coronel Luiz Magalhães, comandante do 45º Batalhão da PM, assim que o Auto de Prisão em Flagrante (APF) for concluído pela Polícia Civil, agentes penitenciários devem assumir a função da escolta. No hospital, é possível que ele só deixe a UTI se a vaga dele for necessária para outra pessoa, já que em termos de segurança o leito da UTI é mais indicado.
Entenda o caso
Segundo a Polícia Militar, Rudson foi até a casa da mãe dele, onde também estavam a irmã e a ex-namorada, Heloísa Vieira Andrade, de 59 anos. Lá, Rudson desferiu uma facada contra o pescoço da ex-companheira. O Corpo de Bombeiros tentou socorrê-la, mas a mulher morreu a caminho do hospital com uma parada cardiorrespiratória. Depois de fazer a primeira vítima, o atirador correu para o templo religioso. Lá, inicialmente, atirou contra dois idosos: uma mulher e um homem.
Instantes depois, Rudson rendeu outra fiel e a manteve sob ameaça. A Polícia Militar chegou ao local da ocorrência e tentou negociar com o atirador, mas segundo o registro da ocorrência, o homem não deu ouvidos aos PMs e atirou na refém, elevando o número de mortos da tragédia para quatro.
De imediato, com objetivo de deter o autor, militares atiraram no homem. Ele foi socorrido para o hospital da cidade, onde deu entrada em estado grave. Morreram na igreja Rosângela Albernaz, de 50; Marilene Martins de Melo Neves, 52; e Antônio Rama, 67, pai do pastor Evandro Rama, que celebrava o culto no momento da ocorrência e sofreu uma lesão no pé ao tentar escapar do local..