O pastor Evandro Rama, apontado como o principal alvo Rudson Aragão Guimarães, 39 anos, segue internado no Hospital Municipal de Paracatu, na Região Noroeste de Minas Gerais, depois de fraturar um dos pés ao tentar fugir do atirador. Na noite de terça-feira, Rudson invadiu a Igreja Batista Shalom, depois de matar a ex-companheira, e assassinou três pessoas. O irmão do líder religioso afirmou, nesta quarta-feira, que Evandro está muito abalado e que vinha sofrendo calúnias por parte do atirador.
Evandro está incomunicável. Mas nesta quarta-feira, um irmão do pastor, Tiago Rama, concedeu entrevista em Paracatu e disse que, recentemente, durante um churrasco, Evandro lhe revelou que estava sendo vítima de "calúnia " por parte de Rudson em grupos de Whatsapp. "O meu irmão estava triste. Ele (Evandro) me disse que o Rudson falou que iria revelar quem ele realmente é... Essas coisas", afirmou Tiago ao ser perguntado qual tipo de "calúnia " o pastor sofreu. Tiago informou ainda que o motivo da desavença foi que o pastor afastou Rudson de funções na igreja evangélica por "má conduta".
Tiago Rama contou ainda que dias após o churrasco, reencontrou o irmão e perguntou sobre o atrito com Rudson Aragão. "Ele (o pastor Evandro) disse que estava tudo resolvido", afirmou Tiago. Ele disse que ficou tranquilo diante da informação do seu irmão. Acabou ficando chocado com o ataque à Igreja Batista. "Eu não esperava que fosse chegar a uma situação dessa".
Ainda segundo o irmão dele, o pastor Evandro Rama esta "muito abalado" , não somente pela perda do pai, o aposentado Antônio Rama, uma das quatro pessoas mortas pelo atirador, "mas por causa de todos os irmãos da Igreja".
Motivação
A Polícia Civil suspeita de que Rudson Aragão Guimarães, 39 anos, cometeu os crimes devido a um atrito com o pastor da Igreja Batista Shalom há dois meses, que resultou no seu afastamento da liderança do espaço religioso. A hipótese foi reforçada por fiéis do templo evangélico. Inicialmente, a o feminicídio contra a ex-mulher dele está descartada, segundo a delegada de Homicídios da 2ª Delegacia Regional de Paracatu, Thays Silva, responsável pelo caso.