A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, uma ação para desarticular uma quadrilha de tráfico de animais silvestres no país, com ofertas pela internet. Na Operação Urutau, foram expedidos 14 mandados de prisão e cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em seis cidades de São Paulo (uma delas a capital) e também em Januária, no Norte de Minas.
Conforme a PF, eram comercializados pela organização criminosa espécies da fauna ameaçadas de extinção, como arara-canindé, arara-vermelha, tucano-toco e papagaio-verdadeiro, macaco-prego e arajuba. Os animais eram retirados da natureza mediante caça e mantidos em cativeiro.
A operação é comandada pela Polícia Federal de São Paulo, em ação conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovais (Ibama), Ministério Público Federa (MPF) e Polícia Militar Ambiental de São Paulo.
De acordo com as investigações, os traficantes de animais os vendiam as espécies da fauna silvestre com notas fiscais falsificadas ou sem emissão de documento fiscal. Eles também faziam as ofertas por meio das redes sociais e de sites na internet, agindo em todo o território nacional, sobretudo, nos estados de São Paulo, Goiânia, Mato Grosso, Minas Gerais e Pará.
Além de Januária, as buscas foram realizadas em São Paulo (Capital) e cidades paulistas de Vinhedo, Aruja, Guarulhos, Guarujá e Santo André. Foram expedidos pela 5ª Vara Federal de São Paulo nove mandados de prisão preventiva e cinco de prisão temporária. Os detalhes da operação serão fornecidos pela Policia Federal em entrevista coletiva em São Paulo ainda na manhã desta quinta.
NOME DA OPERAÇÃO Os “Urutaus” – que denominam a operação da Policia Federal, são aves exclusivamente noturnas e que utilizam bem a sua plumagem para se camuflar, confundindo-se com o ambiente, de modo a dificultar a sua localização pelos predadores. No caso da operação policial, lembra a PF, “os investigados praticam crimes ambientais de tráfico de animais silvestres em escala, malferindo a biodiversidade ambiental”.