Os deputados integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho ouvem, nesta quinta-feira, dois executivos da Vale sobre o rompimento da barragem em 25 de janeiro. A convocação de hoje foi feita para Joaquim Pedro de Toledo, gerente-executivo de Planejamento e Programação do Corredor Sudeste, e Alexandre de Paula Campanha, gerente-executivo de Geotecnia Corporativa. Os trabalhos acontecem sob protestos de parentes das vítimas.
Cartazes e faixas responsabilizando os depoentes pela tragédia, além do nome e foto dos mortos foram exibidos na área destinada ao público que acompanha a sessão.
Até às 12h30 apenas Joaquim tinha falado aos deputados. Ele respondeu primeiro as perguntas do relator da CPI, deputado André Quintão e em seguida respondeu questões dos deputados Sargento Rodrigues, Noraldino Júnior e Beatriz Cerqueira. Alexandre Campanha ainda aguarda para ser ouvido.
Joaquim manteve a linha de depoimentos que tem sido comum entre os funcionários da Vale que são investigados e também estiveram na CPI, com respostas que não apontam motivos da tragédia e isentam seus setores de responsabilidade.
"Fica claro que a barragem apresentava sinais de instabilidade e as providências que deveriam ser tomadas pelas gerências corporativa e também de geotecnia operacional também não foram tomadas. Principalmente o acionamento do Plano de Ação Emergencial, que poderia ter evacuado a área e salvado a vida de quase 300 pessoas", diz o relator da CPI, André Quintão.
O deputado também destacou uma mobilização da mineradora para evitar responsabilização de setores mais altos na hierarquia da empresa. "Além disso fica nítida uma estratégia de defesa da Vale em blindar os seus escalões superiores. É uma espécie de jogo de empurra entre uma área e outra, mas sem responsabilizar ou dar a exata noção de quem tomou a decisão de não acionar o plano de emergência", diz Quintão.
Entre os parentes de atingidos que acompanham os depoimentos, Andresa Rodrigues, que é mãe do jovem Bruno Rocha Rodrigues. Ele tinha 26 anos quando foi morto pela onda de lama e trabalhava como técnico em processamento na Vale. "Eu morro um pouco a cada dia. Os familiares morrem um pouco a cada dia. A Vale não assassinou 270 pessoas, ela assassinou seus familiares também", diz ela.
O depoimento de Joaquim Pedro terminou por volta das 12h30. Alexandre Campanha começou a ser ouvido às 12h45.
Cartazes e faixas responsabilizando os depoentes pela tragédia, além do nome e foto dos mortos foram exibidos na área destinada ao público que acompanha a sessão.
Até às 12h30 apenas Joaquim tinha falado aos deputados. Ele respondeu primeiro as perguntas do relator da CPI, deputado André Quintão e em seguida respondeu questões dos deputados Sargento Rodrigues, Noraldino Júnior e Beatriz Cerqueira. Alexandre Campanha ainda aguarda para ser ouvido.
Joaquim manteve a linha de depoimentos que tem sido comum entre os funcionários da Vale que são investigados e também estiveram na CPI, com respostas que não apontam motivos da tragédia e isentam seus setores de responsabilidade.
"Fica claro que a barragem apresentava sinais de instabilidade e as providências que deveriam ser tomadas pelas gerências corporativa e também de geotecnia operacional também não foram tomadas. Principalmente o acionamento do Plano de Ação Emergencial, que poderia ter evacuado a área e salvado a vida de quase 300 pessoas", diz o relator da CPI, André Quintão.
O deputado também destacou uma mobilização da mineradora para evitar responsabilização de setores mais altos na hierarquia da empresa. "Além disso fica nítida uma estratégia de defesa da Vale em blindar os seus escalões superiores. É uma espécie de jogo de empurra entre uma área e outra, mas sem responsabilizar ou dar a exata noção de quem tomou a decisão de não acionar o plano de emergência", diz Quintão.
Entre os parentes de atingidos que acompanham os depoimentos, Andresa Rodrigues, que é mãe do jovem Bruno Rocha Rodrigues. Ele tinha 26 anos quando foi morto pela onda de lama e trabalhava como técnico em processamento na Vale. "Eu morro um pouco a cada dia. Os familiares morrem um pouco a cada dia. A Vale não assassinou 270 pessoas, ela assassinou seus familiares também", diz ela.
O depoimento de Joaquim Pedro terminou por volta das 12h30. Alexandre Campanha começou a ser ouvido às 12h45.