Agentes penitenciários que atuam nas unidades prisionais de Minas Gerais e detentos estão insatisfeitos com a alimentação que é entregue diariamente a eles. Denúncias de comida estragada e até com insetos foram feitas ao Sindicato dos Agentes Penitenciários de Minas Gerais (Sindasp-MG) e ao Estado de Minas.
A entrega de alimentos impróprios para o consumo teria ocorrido em ao menos duas penitenciárias: a de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, e a Professor Jason Soares Albergaria, em Betim, ambas na Grande BH. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirmou que vai apurar as denúncias.
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A reportagem teve acesso a uma das denúncias feitas pelos agentes penitenciários. Em um vídeo, divulgado nas redes sociais, um agente mostra um prato que teria sido entregue na Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em Betim. Quando parte do prato é elevada, um líquido amarelo cai no chão. O homem afirma que junto à comida estaria uma mistura de água e óleo e que os alimentos tinham mau cheiro.
A insatisfação também ocorre entre parte de detentos. Em um áudio, que também circula nas redes sociais, um familiar de um preso diz que os alimentos estão sendo entregues com bichos e estragados. “Parece que trocaram as marmitas em que colocam a comida, e algumas chegam abertas. Isso é uma falta de respeito”, disse. Outra reclamação é sobre a quantidade de alimentos que as famílias podem levar, que foi diminuída de oito para quatro quilos, segundo a denúncia.
Por meio de nota, a Seap informou que vai investigar os casos denunciados. “Sobre a possível presença alimentos estragados nas marmitas, a direção da unidade prisional vai apurar e, uma vez comprovada alguma irregularidade, as providências administrativas serão tomadas por meio da Diretoria de Gestão e Apoio Alimentar da Seap”, informou. Já em relação aos alimentos levados por familiares, a Seap afirmou que “a diminuição do volume entregue se deve à adequação da unidade ao Regulamento de Normas e Procedimentos do Sistema Prisional (ReNP)”.