A velocidade de deslocamento do talude norte da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, Região Central de Minas, aumentou do fim da tarde de segunda para a manhã desta terça-feira. Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), por volta das 17h de ontem a movimentação em alguns pontos isolados era de 21,5 centímetros/dia. Às 8h de hoje, o deslocamento chegou a 23,9 cm/dia. A deformação na porção inferior do talude norte também aumentou de 18 cm/dia para 19,5 cm/dia.
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Barão de Cocais: como acessos de emergência devem evitar que 2 mil fiquem ilhadosMovimentação no talude de mina em Barão de Cocais já ultrapassa os 21 cm/diaBancos voltam a funcionar em Barão de Cocais nesta segunda-feiraBarão de Cocais: deslocamento em pontos isolados do talude já atinge 25,9cm/dia Deslocamento de talude já chega a 24,5 cm/dia em Barão de CocaisVale diz que talude deve deslizar para a cava de mina em Barão de CocaisDois simulados de evacuação foram feitos e 400 pessoas foram retiradas da comunidade de Socorro, a cerca de 2 quilômetros da represa. A Barragem Sul Superior tem 6 milhões de metros cúbicos de rejeitos, um conteúdo que pode, ainda, atingir e se incorporar ao volume menor da Barragem Sul Inferior. Desde o dia 18 a situação piorou, com a detecção da movimentação acelerada de uma porção do talude (paredão) de 10 milhões de metros cúbicos na lateral da cava da mina. A encosta pode desabar e iniciar uma reação em cadeia com potencial para romper a barragem, que fica abaixo, a 1,5 quilômetro de distância.
Uma das esperanças é de que o talude desça aos poucos, não gerando uma onda de choque considerável. A probabilidade de que o deslizamento gere um rompimento da Barragem Sul Superior é estimada em aproximadamente 15%, de acordo com avaliação da área de meio ambiente do estado. Uma das medidas para evitar que os rejeitos destruam Barão de Cocais é a construção de uma barragem a seis quilômetros da mina, no curso do Rio São João, que já está em andamento, como mostrou ontem reportagem do Estado de Minas.
Nessa segunda-feira, operários começaram a construir vias para impedir que mais de 2 mil moradores da cidade fiquem ilhados em caso de rompimento da barragem, que fica a 20 quilômetros. Parte dos rejeitos de minério de ferro seria lançada no Rio São João, manancial que corta o Centro da cidade e que pode levar o material às vizinhas Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.
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