Jornal Estado de Minas

Homem que matou a ex e os dois filhos dela em BH vai a júri popular


O autor de um crime bárbaro que chocou Belo Horizonte vai a júri popular. Zaquel Hélio Antoniassi é acusado de matar a ex-companheira e nos dois filhos dela, de 6 e 15 anos. Em seguida, ateou fogo nos corpos dentro de uma casa no Bairro Pindorama, na Região Noroeste da capital mineira. Em 24 de maio, o  juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Marcelo Rodrigues Fioravante, pronunciou o réu, que será julgado pelo Tribunal do Júri. A decisão foi divulgada nesta terça-feira. Ainda não há data para o julgamento.


O inquérito aponta que o acusado tinha um relacionamento de três anos com Maria Cláudia Pereira, de 37 anos. Eles moravam na mesma casa, junto com os filhos da mulher. No dia do crime, em 24 de abril de 2018, segundo as investigações, o casal discutiu. Em seguida, o filho mais velho da vítima, de 15 anos, defendeu a mãe.

Durante a briga, o homem foi até a cozinha e pegou uma faca. Depois, deu diversos golpes na companheira e no enteado. A menina de 5 anos também foi atingida depois de se levantar para ver o que estava acontecendo. As investigações apontaram que Zaquel pegou os corpos das três vítimas e os colocou na cama. Depois, despejou uma garrafa de álcool sobre eles e ateou fogo.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o homem não quis dar declarações na Justiça. Mas, na fase de inquérito, confessou o triplo homicídio. “Disse se lembrar de ter desferido três facadas nos dois e uma única na menina. Após colocar fogo nos corpos, o réu ainda subtraiu dois aparelhos celulares das vítimas. Na época do crime, ele foi preso com a faca e o isqueiro que foram provavelmente utilizados no homicídio”, informou o TJMG. Ele passou por um laudo de sanidade mental que concluiu que tem preservado sua capacidade de entendimento em relação aos fatos.

O homem vai responder homicídios por motivo fútil, com meio cruel,com recurso que dificultou a defesa das vítimas, feminicídio em relação a ex-companheira e com emprego de fogo. O acusado deve permanecer preso até o julgamento.