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Estado de Minas

Com três mortes por H1N1, BH prorroga vacinação contra a gripe

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), mostram que 190,3 mil pessoas inseridas no público-alvo ainda não receberam as doses. Campanha vai para 7 de junho


postado em 28/05/2019 17:52 / atualizado em 28/05/2019 18:02

Em Belo Horizonte, apenas 78% do público-alvo se vacinou(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Em Belo Horizonte, apenas 78% do público-alvo se vacinou (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Os moradores de Belo Horizonte terão um prazo maior para se proteger contra a gripe. A cidade que já registrou três mortes em decorrência do vírus H1N1, o mesmo que provocou uma pandemia em 2019, ainda está longe da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), mostram que 190,3 mil pessoas inseridas no público-alvo ainda não receberam as doses. Por causa disso, a campanha foi prorrogada na cidade para 7 de junho.

Devem se vacinar adultos com 60 anos ou mais de idade, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade cumprindo medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além de crianças de 6 meses até 6 anos.

Em Belo Horizonte, a meta é vacinar 874.381 pessoas. A preocupação é com crianças e as grávidas. Dados da SMSA, mostram que os grupos são os que menos procuraram os postos de saúde. Desde 10 de abril, quando teve início a Campanha Nacional de Vacinação, 59,4% das crianças, e 59,1% das gestantes, foram vacinadas.

No Estado ainda não há confirmação se a campanha também será prorrogada. Como o Estado de Minas mostrou na edição desta terça-feira, a meta estipulada pelo Ministério da Saúde para Minas ainda está longe de ser batida.  A estimativa é que 1,1 milhão de pessoas que estão inseridas no público-alvo ainda não foram imunizadas

Casos em alta


A proteção em Minas Gerais é importante. As mortes por influenza vêm aumentando a cada semana. Desde o início do ano, foram notificados 1.105 casos de síndrome respiratória aguda grave no estado. Desses, 56 já estão confirmados como tendo sido provocados pelo Influenza e 148 por outros vírus respiratórios. O restante das amostras ainda está sendo analisado. O H1N1 é o subtipo do vírus Influenza que mais provocou a síndrome: foram 47 casos confirmados, seguido pelo H3N2, com quatro casos. Também há confirmação de infecção por Influenza B e Influenza A não subtipado. Belo Horizonte concentra quase metade dos casos de SRAG por Influenza. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram 30 casos confirmados. Desses, 28 por H1N1, um por Influenza A sem subtipo definido e um por Influenza B.

Três pessoas morreram na capital mineira depois de contrair o H1N1. Em todo o estado, são cinco mortes pelo vírus. Os outros óbitos foram registrados em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Andrelândia, no Sul do estado. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, foram registrados em Minas Gerais cinco surtos gripais, caracterizados pela ocorrência de ao menos três casos em ambientes fechados/restritos em um intervalo de até sete dias entre as datas de início dos sintomas. Eles ocorreram na aldeia da etnia Maxakali em Bertópolis, Ladainha e Santa Helena de Minas, no Vale do Mucuri, e em Belo Horizonte.


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