O talude da mina Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais, se movimenta cada vez mais. Balanço da Agência Nacional de Mineração (ANM), divulgado 12h desta quinta-feira, mostra um aumento da deformação tanto na porção inferior, quanto em pontos isolados da estrutura. Agora, o deslocamento do paredão chegou a 29,1 centímetros / dia.
O novo dado da ANM mostra um aumento em relação ao balanço divulgado na manhã desta quinta-feira. Por volta das 8h, a movimentação em pontos isolados da estrutura estava em 28,4 cm/dia. Já na parte inferior, estava em 24,3 cm/dia. Nesta tarde, subiu para 24,6 cm/dia.
Movimentações do talude da mina chegava a 10 centímetros por ano desde 2012, medida aceitável para uma cava profunda, segundo especialistas. Porém, desde o fim de abril de 2019, a deformação aumentou. O temor é que a queda da estrutura provoque o rompimento da Barragem Sul Superior, em nível 3 de alerta desde 22 de março, data anterior à detecção dos problemas no talude. Esse nível significa vazamento iminente.
O paredão se comporta de forma a escorregar para o fundo da cava da mina, o que não provocaria vibração suficiente para um rompimento, segundo análises da empresa e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).
Mesmo que o talude da mina de minério de ferro não caia, as ações de prevenção e de monitoramento da Barragem Sul Superior prosseguirão até que a estrutura volte a atingir um nível seguro de estabilidade.