Jornal Estado de Minas

Ação contra o tráfico de drogas acaba com prisão de psicóloga e empresário em MG


Uma grande operação conjunta entre as polícias Civil e a Militar para combater o tráfico de drogas em Três Pontas, na Região Sul de Minas Gerais, terminou com 36 pessoas presas nesta quinta-feira. Entre as pessoas encaminhadas para a delegacia, estão uma psicóloga, apontada como uma das lideranças de uma das organizações, e um empresário, que usava um trailer de lanches para lavar o dinheiro ilícito.



Desde as primeiras horas da manhã, mais de 200 policiais foram para as ruas da cidade atrás dos alvos. Foram cumpridos 46 mandados judiciais. A ação, que mobilizou 176 policiais civis e 24 militares de toda a região Sul de Minas, contou, ainda, com cães farejadores e um helicóptero.

Durante dois anos de investigação, a polícia identificou que duas organizações atuavam no tráfico de drogas do município. Elas chegaram a dividir a cidade por bairros e se ajudavam quando o entorpecente de uma das facções acabava.



“São dois núcleos que operam dividindo a cidade por bairros.
Então, eles têm domínio em determinados bairros e, quando falta determinada droga em um bairro, fornecem para outras regiões”, disse o delegado Wellington Clair.  “Não tem relação com organizações criminosas externas, embora estes núcleos por si só, já configuram associação para o tráfico de drogas”, explicou.

Prisões na ação


Ao todo, 36 pessoas foram presas, entre homens e mulheres. Entre elas, uma psicóloga, conhecida na cidade por prestar serviços a grandes empresas e órgãos públicos. “Ela gerenciava uma célula que era vincula a principal, que atuava no Bairro Padre Vítor. Ela usava da sua influência para poder conseguir informações privilegiadas e passar uma imagem de uma pessoa que ela não é”, afirmou o investigador Gustavo Domingos.

As investigações também chegaram a dois comerciantes, que atuavam na lavagem de dinheiro movimentado pela quadrilha. Um deles, que possui um trailer de lanches, foi preso.
“Eles usam para lavar o dinheiro, pois é comum não oferecer a nota fiscal para lanche, não tem o controle sobre a venda. Então, usam isso ai para lavar o dinheiro do tráfico”, comentou o investigador.

A Polícia Civil informou que novas operações devem acontecer na cidade para retirar das ruas as quadrilhas. “O objetivo é exatamente esse, para identificar os autores e comprovar a materialidade.  Concluindo o inquérito, que eles permaneçam preso dando paz e sossego para a população da cidade, afirmou o delegado Wellington Clair..